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Fundo do Aleixo sem dinheiro para todas as obras acordadas com Câmara do Porto
cm-porto.pt

A saga do Bairro do Aleixo, no Porto, continua. Agora uma auditoria ao relatório de gestão do Fundo do Aleixo revela que há falta de meios financeiros para assegurar o número de construções e reabilitações acordadas com a Câmara do Porto. O fundo imobiliário criado em 2010 para gerir a operação de demolição do bairro entregou à autarquia apenas dois dos cinco projetos de habitação social definidos como condição prévia para a reurbanização daqueles terrenos.

“À data, o Fundo não tem garantidos meios financeiros próprios ou alheios, através de financiamentos, suficientes para assegurar a totalidade das reabilitações/ construções que lhes estão cometidas”, indica o documento publicado na página oficial da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e citado pela Lusa.

A conclusão surge da análise das contas da Invesurb, o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado criado em 2010 para gerir o projecto do Bairro do Aleixo, no Porto.

A FundBox, entidade gestora do Inversurb sublinha que o Relatório de Gestão de 2018 foi subscrito pela anterior sociedade gestora, a Gesfimo, pelo que não tem “qualquer comentário a fazer sobre o respectivo conteúdo”.

Em declarações à agência de notícias, salienta, porém, que, no momento próprio, a FundBox “fará todas as diligências adequadas para o financiamento das construções a levar a cabo nos termos do contrato com o Município do Porto”.

Moreira já admitiu falhar realojamento

No passado dia 11 de março, em Assembleia Municipal, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, assumiu que falhou a meta de realojar, no prazo de seis meses, a totalidade das famílias que habitavam as torres do bairro do Aleixo.

A revelação, tal como recorda a Lusa, aconteceu seis meses depois de a autarquia ter anunciado que ia realojar, em habitação municipal, as 270 pessoas que ainda viviam nas três torres do Aleixo.

Com a demolição da Torre 5 em 2011 e da Torre 4, no último mandato de Rui Rio, restam apenas três das cinco Torres que constituíam o Bairro do Aleixo, no Porto. A Lusa tentou obter uma reacção por parte da Câmara do Porto, mas até ao momento sem sucesso.

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