Levira, Aleluia Cerâmicas, Viúva Lamego, Kind, Porama, ou ainda a rede de lojas de bricolage Izibuild. Todos estes nomes faziam parte do conglomerado industrial de João Gama Leão, dono do grupo Prebuild, que faliu. O empresário português foi, entretanto, para o Brasil, mas deixou para trás um rasto de 334 milhões de euros em dívidas ao Novo Banco, o seu maior credor. Agora, o tribunal penhorou-lhe os rendimentos, mas Gama Leão garante não ter dinheiro nem bens.
Depois da queda do Grupo Prebuild, o empresário decretou a insolvência pessoal. Ainda assim, na semana passada, o tribunal determinou a penhora dos rendimentos que excedam "três remunerações mínimas garantidas" no Brasil, onde reside há já quatro anos, de acordo com a notícia avançada pelo jornal Expresso.
O rendimento de Gama Leão – atualmente com residência em Campo Grande, a capital do estado de Mato Grosso do Sul – fica assim limitado a cerca de 800 euros mensais. Apesar disso, escreve a mesma publicação, a sentença salvaguarda as pensões de alimentos aos filhos menores do anterior casamento, uma vez que depois de uma romena e uma portuguesa, João Gama Leão casou-se com uma cidadã brasileira, em regime de separação de bens.
Gama Leão diz não ter rendimentos
O empresário revelou em entrevista ao jornal que “todo o património que tinha estava dentro das empresas". “Como se diz no Brasil, vendo o almoço para pagar o jantar", disse, frisando que “aos bandidos que ficaram com milhões e milhões, ninguém lhes toca."
Em abril de 2017, quando o Novo Banco avançou com o pedido de insolvência do empresário, Gama Leão já tinha vendido a sua casa na Beloura e feito as partilhas com o irmão Martinho, que ficou dono das operações em Angola.
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