
Muito se tem dito sobre o efeito acelerador que a pandemia está a ter no avanço da tecnologia e da digitalização das empresas, bem como no mundo do trabalho. Mas um salto de gigante está para ser dado com a desmaterialização dos escritórios. E não falta muito para tal acontecer. De acordo com o estudo “The Dematerialized Office”, da Ericsson, em menos de dez anos, este fenómeno pode ser uma realidade.
Isto significa que, em 2030 - e de acordo com a empresa tecnológica - os escritórios tal e qual como se conheciam antes da chegada da Covid-19 vão desaparecer para dar lugar a empresas totalmente virtuais em que, graças à tecnologia, trabalhar será uma experiência imersiva, através da chamada internet dos sentidos. Ou seja, um tipo de conexão em que olfato, paladar, tato, visão e audição entram todos em funcionamento.
Sentir o cheiro do café através do ecrã
Imagine-se, por exemplo, levar um bolo de chocolate virtual e café para uma pausa remota e todos os colegas sentirem os cheiros e os paladares dos mesmos? Ou partilhar uma viagem virtual com toda equipa? Todos no mesmo lugar virtual, ainda que cada um desde a sua casa (ou no lugar onde escolhesse trabalhar nesse dia). "Uma espécie de videojogo, mas aplicado ao dia-a-dia no trabalho", escreve o ECO.
De acordo com o estudo da Ericsson, citado pelo jornal online, 77% dos inquiridos considera que a “internet dos sentidos” para uso comercial tornaria as empresas mais sustentáveis, enquanto 50% afirma que a temperatura digital será utilizada, até 2030, com o objetivo de envolver os clientes.
Por outro lado, metade dos inquiridos revela a vontade de ter um posto de trabalho totalmente digital. Além disso, com a tecnologia e a conectividade a impulsionarem os escritórios virtuais, quase seis em cada dez preveem um aumento no que toca a reuniões online com colegas, clientes e fornecedores, o que leva a um outro ponto: a necessidade de ferramentas que apoiem de uma forma mais eficaz a interação à distância.
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