
o valor máximo de renda que permite a candidatura ao programa porta 65 (650 euros) e a exigência de um esforço máximo permitido de 60% relativamente aos rendimentos mensais são duas das condições que tornam estreita demais esta porta de apoio ao arrendamento jovem. o i online foi saber como fazem os jovens que querem arrendar casa em lisboa e descobriu que estes limites apertados e a legislação desadequada acabam por incentivar a fraude
o jornal conta a história de dois jovens que queriam arrendar um apartamento no bairro alto por 750 euros. este valor excluia à cabeça a possibilidade de pedirem o apoio do programa porta 65, e acabaram por fazer um contrato por menos 100 euros, que seriam pagos na mesma mas ao abrigo de um contrato assinado à parte com o proprietário que definiu que esta quantia era o pagamento do aluguer dos móveis
a taxa de esforço prevista para o acesso ao porta 65 tornava impossível cumprirem o requisito individualmente pelo que tiveram de fazer o contrato em nome dos dois. “para alugar esta casa sozinho, um de nós teria de ganhar mais de 1500 euros por mês, o que não é o caso”, cita o i online
o porta 65 foi criado em 2007 e visa apoiar jovens até aos 30 anos que optem pelo arrendamento, comparticipando até metade do valor da renda durante um ano. a percentagem diminui gradualmente durante os três anos seguintes e há que ter em conta os tectos máximos para a renda, estipulados para diferentes zonas do país
especialistas contactados pelo i online avisam que há poucas casas nestas condições no mercado e que não representam mais de 5% dos imóveis disponíveis para arrendamento
“há zonas onde o excesso de procura torna quase impossível encontrar arrendamento a esses preços. os imóveis abaixo desses tectos tendem a ser arrendados na primeira semana em que ficam disponíveis”, conta ao periódico miguel poisson, director-geral da imobiliária era
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