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o banco norte-americano wells fargo concordou em proceder a alterações nos termos do contratos de empréstimos num valor superior a dois mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) aos proprietários de casas da califórnia, com empréstimos de natureza "escolhe-e-paga". segundo a bloomberg, o banco vai ainda pagar 32 milhões de dólares (24 milhões de euros) aos tomadores de empréstimos que perderam as suas casas devido às execuções fiscais, cita o jornal de negócios

nenhum dos empréstimos em causa foi concedido pelo wells fargo, mas sim por dois bancos que a entidade financeira comprou: o world savings bank e o wachovia, revela o "the wall street journal"

o sistema "pick-and-pay" (escolhe-e-paga), que corresponde à opção de pagar através de uma taxa ajustável, e que foi utilizado no crédito à habitação, permitia aos tomadores de empréstimos realizarem os pagamentos das prestações a vários níveis, consoante o tipo de disponibilidade financeira

o nível mais alto cobria o juro mensal e a dívida principal. um outro nível cobria apenas os juros. no nível mínimo, o pagamento tornou-se insuficiente para cobrir os juros mensais devidos, que eram acrescentados ao saldo do empréstimo (dívida principal mais juros em atraso)

os empréstimos acabavam, a determinada altura, por voltar ao valor inicial, aumentando drasticamente as prestações mensais

segunto o jornal de negócios, as alterações aos termos dos contratos de crédito à habitação, que o wells fargo acordou em proceder, incidem sobre cerca de 14.900 californianos. muitas das alterações incluirão significativos perdões de dívida e o valor total deverá ascender a mais de dois mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros)

além disso, o wells fargo terá também de pagar 32 milhões de dólares (24 milhões de euros) em restituições a mais de 12.000 clientes que optaram pelo sistema “pick-and-pay” e acabaram por perder as suas casas devido às execuções fiscais na califórnia e mais 1,8 milhões (1,35 milhões de euros) em custos ao estado

a média dos pagamentos aos clientes que viram as suas casas serem alvo de execução fiscal deverá ser de 2.650 dólares (2.000 euros), revela o jornal norte-americano

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