o levantamento da proibição de vender casas em cuba, em vigor desde novembro do ano passado, está a dinamizar o mercado imobiliário do país, que permaneceu ostracizado durante mais de cinquenta anos. dentro deste renascer, os cubanos têm claras preferências na hora de comprar casa, optando pela “construção capitalista”. trata-se de uma opção que dá prioridade à antiguidade anterior à revolução, e que devido à sua qualidade faz aumentar o valor das habitações face às construídas depois de 1959, explica a dissidente yoani sánchez no seu blogue generación y
sánchez, que em 2008 foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista times, descreve como novidade a simples colocação de cartazes imobiliários nas casas de havana, capital de cuba. os cubanos recorrem a estratégias diferentes para anunciar que têm a casa à venda, um facto que representa um enorme progresso no país. sublinhe-se que durante décadas a transacção de imóveis foi uma actividade proibida e, por isso, apenas possível no mercado negro
“o cartaz/sinal é pequeno e está colocado, com alguma timidez, numa varanda a alguns metros do chão. um simples ‘vende-se’ não chamaria a atenção, em última instância porque num apartamento ao lado pode ler-se a mesma frase pintada numa janela. mais acima, os vizinhos do sexto andar foram mais criativos e colocaram um pedaço de acrílico no qual divulgam os m2 que dispõe o seu imóvel, para motivar os potenciais compradores”, conta yoani sánchez no seu blogue, para descrever a nova “decoração” das fachadas dos edifícios cubanos
quando as casas antigas valem mais
tendo em conta esta mudança que se vive em cuba e sobretudo em havana, as casas mais antigas não perdem valor, pelo contrário. o blogue generación y explica que em alguns sites imobiliários, como revolico.com e cubisima.com, os anúncios são cada vez mais sofisticados, estando “acompanhados por fotografias e descrições favoráveis sobre a boa entrada de água que tem a casa, a sua magnífica localização, ou as possibilidades de ampliar o imóvel”. muitas vezes, mais importante que o valor da casa é informar se foi construída durante a época capitalista, é dizer se é anterior a 1959
de acordo com yoani sánchez, existe uma diferença clara entre o que é “fabricado antes da revolução e o que surgiu após desta data”. “se o edifício onde se encontra a casa é da década de 40 ou 50 o preço dispara”, conta
Câmara Municipal do Barreiro garante 486 novas casas com renda acessível
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Apoio à eficiência energética: atrasos deixam 10 mil candidaturas à espera
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O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) analisou 877 imóveis públicos, tendo identificado 528 viáveis para habitação. A maioria dos quais encontra-se nas zonas de maior pressão urbanística, ou seja, em Lisboa e Porto. Em causa está uma resposta remetida pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação a questões do Chega.
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