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Lisboa: o drama de pagar a prestação da casa há 13 anos e não a poder estrear

Ricardo Dias é um dos 87 jovens que em 2001 (há 13 anos) ganharam o privilégio de viver num empreendimento novo da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) no centro da capital, no Martim Moniz. Os apartamentos estão finalmente prontos, mas Ricardo, que nunca deixou de pagar a prestação da casa ao banco, não sabe quando a poderá estrear. 

Em causa está um empreendimento com 87 frações – 47 T1, 37 T2 e 3 T3 – e oito espaços comerciais. Ricardo Dias é, segundo o Observador, o proprietário de um T1. Mas este projeto imobiliário está envolto em várias polémicas, tendo tido, ao longo destes 13 anos, uma mudança radical de projeto, a falência de um empreiteiro, escavações arqueológicas que obrigaram à suspensão das obras etc. 

O cenário atual, e o que a EPUL disse aos futuros habitantes dos imóveis, é que terão a chave na mão até 31 de dezembro deste ano. “O concurso público para adjudicação da empreitada de conclusão da obra está neste momento a decorrer com a maior celeridade que a lei permite, estando os liquidatários da EPUL empenhados em terminar aquele empreendimento tão breve quanto possível”, limitou-se a referir a empresa.

Atualmente, Ricardo Dias, que vive numa casa arrendada há oito anos, já não pensa no apartamento do Martim Moniz para habitar, mas sim para rentabilizar. E não acredita que o prazo de dezembro vá ser cumprido. “Parece-me pouco provável. Só vou ter a certeza quando tiver a chave na mão”, confessou, em declarações ao Observador. 

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