Há vários projetos de milhares milhões previstos para esta cidade do litoral alentejano.
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Sines prepara estratégia local de habitação para reagir a novo 'boom' populacional 
APS/Wikimedia Commons

A população da cidade de Sines deverá duplicar nos próximos anos, à boleia do investimento de milhares de milhões que está a ser feito naquela zona. Para dar resposta ao 'boom' que se avizinha, a autarquia adianta estar já a preparar uma estratégia local de habitação. Entre os vários projetos previstos estão a expansão do Terminal XXI no Porto de Sines – num investimento de 1,2 mil milhões –, a construção do Terminal Vasco da Gama ou ainda o alargamento da refinaria da Repsol.

Mas há mais investimentos que prometem animar aquela região, nomeadamente a instalação do cabo submarino de fibra óptica entre Portugal e o Brasil, no valor de 170 milhões, ou ainda a criação do terminal de hidrogénio. Este último será, de acordo com as declarações do presidente da Câmara, Nuno Mascarenhas, ao Público, o mais revolucionário. O projeto implica a instalação de centrais de produção de energia solar, construção de um gasoduto para abastecimento do país, entre vários outros equipamentos.

Segundo as estimativas do autarca, a população “pode chegar aos 20 mil habitantes no espaço de dez anos”, caso a evolução recente destes grandes projetos “se mantiver”. A expansão da refinaria da Repsol Polímeros está praticamente confirmada, assim como a instalação do cabo submarino Ellalink-Sinestech, que vai ligar Sines a Fortaleza, e que se encontra apenas pendente da decisão da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para avançar. A estratégia local de habitação já está, de resto, a ser preparada.

O autarca espera também uma 'boom' na criação de emprego, com efeitos demográficos nos concelhos vizinhos. “Estou em crer que os concelhos que saibam aproveitar este boom de novas empresas para a região terão tudo a ganhar, uma vez que viver a 20 quilómetros de distância é indiferente, desde que as pessoas tenham o seu posto de trabalho garantido. Isso dependerá muito da visão que os autarcas tiverem”, referiu o responsável ao jornal.

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