Os Prémios FAD de Arquitetura, criados em 1958, visam distinguir os "mais destacados" projetos de Espanha e Portugal.
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Casa em Olhão, de Marlene dos Santos e Bruno Oliveira Fotografia: cortesia Estudio ODS - Arquitectos, Lda
Lusa
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Três projetos portugueses de arquitetura e o livro "Aprender a Desaprender - Diálogos para a descolonização da arquitetura", coordenado por Paulo Moreira, estão entre os finalistas dos prémios FAD 2025, da associação Arquinfad, de Barcelona. 

Casa em Olhão, de Marlene dos Santos e Bruno Oliveira, do Estúdio Ods Arquitetos, é finalista na categoria Arquitetura, o clube Fiasco, no Porto, do estúdio de Diogo Aguiar, em Interiorismo, e a Estufa Pedagógica da Quinta de Serralves, do gabinete depA architects, também no Porto, em Cidade e Paisagem. 

Na categoria Pensamento e Crítica está nomeado o livro "Aprender a Desaprender" (2024), editado pela Dafne, reflexão sobre o papel da arquitetura na "descolonização do presente", reunindo "contributos que desafiam abertamente as heranças coloniais", através de "narrativas emancipatórias", testemunhos de práticas desenvolvidas e histórias pessoais de arquitetos, artistas e críticos como Ibiye Camp, Margarida Waco, Mónica de Miranda, Natache Sylvia Iilonga, Thaís Andrade, Gabriela Leandro Pereira, Lara Isa Costa Ferreira, Demas Nwoko, Anyibofu Nwoko Ugbodaga e dos coletivos Banga e Cartografia Negra. 

O júri valorizou a abordagem dos processos de descolonização - um tema "tão complexo quanto necessário" -, a partir da atividade do Instituto, espaço cultural fundado no Porto em 2018 "como extensão" do atelier do arquiteto, destacando o "grau de experimentação" empreendido, numa conjugação de "práticas artísticas e obras arquitetónicas."

Os 3 projetos finalistas

  • Na Casa de Olhão, moradia unifamiliar construída a partir do que restava de uma antiga fábrica de bacalhau, o júri destacou "a atitude de recuperação de uma condição preexistente", mesmo sem valor patrimonial, "com o objetivo de preservar a memória do bairro", resolvendo "com mestria os espaços de convívio em torno do pátio, num diálogo entre paredes da antiga fábrica e da nova habitação."
  • Sobre a arquitetura interior do Fiasco, o júri valorizou a exposição ao espaço urbano e "a instalação coerente e funcional para múltiplas utilizações: um bar diurno e noturno, uma loja de música e um espaço privado com espetáculos temporários", respondendo "a um programa múltiplo e eclético de forma fluida, coesa e original."
  • Quanto à Estufa Pedagógica de Serralves, o júri sublinhou a integração da estrutura no declive natural do terreno, "a plasticidade dos grandes blocos de granito local, combinados com o telhado de madeira", abertos à vegetação em volta. 

Os Prémios FAD de Arquitetura, criados em 1958, visam distinguir os "mais destacados" projetos de Espanha e Portugal. 

Os projetos portugueses estão entre os 26 finalistas desta edição, cujos vencedores serão conhecidos a 10 de junho. No mesmo dia será conhecido o vencedor do Prémio FAD Internacional, a escolher entre cinco projetos de França, Suíça, Itália, Luxemburgo e Noruega. 

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