
"Glam SAHMS" esta é a designação do novo fenómeno social nos EUA e as siglas correspondem a "glamourous stay at home moms", qualquer coisa como "donas de casa deslumbrantes". São sobretudo mulheres na casa dos 30, altamente qualificadas em termos académicos, mas que casaram com homens da alta finança e sacrificaram as suas carreiras para cuidar da casa e dos filhos. Em troca, recebem um bónus... que depende do êxito na gestão do orçamento familiar.
O assunto está a incendiar o debate nos jornais e redes sociais norte-americanos, tendo a polémica sido lançada pela antropóloga Wednesday Martin, no seu livro Primates of Park Avenue.
Tal como conta o Dinheiro Vivo, o primeiro excerto foi dado num artigo no New York Times intitulado "Pobre mulheres ricas", assinado pela própria autora, que explica que foi quando se mudou, em 2004, com a sua família da zona de West Village, no centro de Nova Iorque, para o Upper East Side, procurando aproximar-se do Central Parque, dos seus sogros e de boas escolas públicas, que se deparou com esta classe de mulheres "gerem as suas casas como verdadeiros CEO".
Wednesday Martin conta que estas gestoras recebem em troca, dos seus maridos endinheirados, os chamados wife bonuses: bónus anual de esposa, "que pode ou não constar dos acordos pré-nupciais, e que é distribuído não apenas com base no sucesso do marido, mas também da sua própria performance", escreve ainda o Dinheiro Vivo.
EUA em chamas com a história
Inúmeras donas de casa a alta sociedade de Nova Iorque têm saído a público a recusar completamente o ponto de vista de Wednesday.
Mas também há quem assuma que é verdade. O New York Post, por exemplo, entrevistou, entre outras, Polly Philips, uma jovem de 32 anos, casada com um engenheiro petrolífero e que recebe anualmente, no mínimo, 10 mil dólares.
"Estou a ser recompensada pelo meu papel como dona de casa e mãe a tempo inteiro. E as marcas de luxo que compro - o jornal acompanhou-a numa sessão de compras, em que veio carregada de sacos da Jimmy Choo, Manolo Blahnik, Prada, Chanel e Louboutins, entre outras - são pagas com o meu wife bonus, que corresponde a 20% do bónus anual do meu marido, e que tenho muito orgulho em receber por colocar a carreira dele à frente da minha e por manter a nossa vida em comum", relata o Dinheiro Vivo, citando o New York Post.
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