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mota-engil recusa entrar no mercado da reabilitação sem alterações à lei

a empresa de antónio mota não pretende entrar no mercado da reabilitação enquanto não forem feitas mudanças significativas na legislação. em entrevista ao diário económico, o chairman da mota-engil admite a aposta forte na internacionalização e não descarta outras areas de negócio

"as margens operacionais nos mercados em que estamos são melhores que as margens que temos em portugal e por isso verifica-se um aumento (do crescimento internacional do grupo)”, revela antónio mota. segundo o diário económico, já no final do terceiro trimestre, a europa central significava 20% do volume de negócios da construtora, e os mercados africanos (angola, moçambique e malawi) pesavam 30 por cento. percentagens que, segundo o responsável, vão manter-se em 2010, e crescer em 2011

quanto ao mercado de emprego, antónio mota acredita que a sua empresa pode fazer a diferença no estrangeiro. "é uma convicção minha, mas posso estar enganado, que provavelmente seremos o maior empregador de portugueses fora de portugal

o chairman da mota-engil admite que o sector da construção é um dos que mais tem contribuído para o aumento do desemprego em portugal
mas afirma que "nessa matéria" não adianta estar a falar-se de internacionalização. "a internacionalização é um caminho para que as empresas resolvam a sua saúde financeira e económica, mas não resolve o problema do desemprego no mercado interno. não é possível fazer obras para países longínquos como o brasil e angola com toda a mão-de-obra portuguesa”


relativamente a negócios entre portas, antónio mota revela que a empresa não está interessada, para já, no mercado da reabilitação, mesmo tendo sido esta a grande aposta anunciada pelo governo no sector da construção. "enquanto não for revista, de uma forma séria, toda a legislação que a envolve, não vale a pena. é uma luta perdida em que nós não vamos estar. (…) com esta situação, a mota-engil não entrará no sector da reabilitação"

lá fora, angola continuará a ser um mercado estratégico da construtora, que acredita "ter muito potencial", mas antónio mota quer atravessar mais fronteiras. "constituímos (em angola) uma empresa de direito local, e a partir de lá vamos para outros países. a partir de angola e moçambique, já chegamos ao zimbabué”, revela


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