numa entrevista concedida ontem à noite à sic, josé sócrates admitiu implicitamente a demissão do governo se o resultado do debate parlamentar for o "chumbo" do pec. o primeiro-ministro afirma que, caso este cenário se verifique, os partidos "tiram todas as condições ao governo para governar e teria de haver eleições", cita o público
"nunca irei para uma cimeira europeia sem me poder comprometer com um programa de medidas de médio prazo que considero essenciais", afirmou o primeiro-ministro, deixando claro que, em caso de eleições antecipadas, se volta a candidatar: "com certeza que sim. não volto a cara às dificuldades", respondeu
mas o cenário de crise é coisa de que o primeiro-ministro não quer nem ouvir falar: "não acredito numa crise política; não quero acreditar que a irresponsabilidade dos partidos os leve tão longe". "espero que todos caiam em si", "tudo farei para evitar uma crise política", diz sócrates, afirmando que essa situação apenas agravaria os riscos de financiamento da economia nacional e tornaria inevitável o recurso à ajuda externa
as duras críticas ao dirigente do psd, pedro passos coelho, foram também frequentes durante a entrevista, onde sócrates recordou que o líder do principal partido da oposição se havia mostrado "disponível para negociar" o pec com o governo, dizendo não compreender agora a sua reacção
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