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A auditoria do Banco de Portugal (BdP) ao Espírito Santo International "identificou irregularidades nas contas" da "holding" de controlo do Grupo Espírito Santo, que apresenta "uma situação financeira grave". O BES admite que pode incorrer num risco reputacional devido à situação da ESI, "apesar de não ser responsável" pelas fragilidades.

A auditoria que o Banco de Portugal pediu à Espírito Santo International, "holding" de controlo do GES, "apurou irregularidades nas suas contas e concluiu que a sociedade apresenta uma situação financeira grave", escreve o Jornal de Negócios citando o prospeto do aumento de capital do Banco Espírito Santo, publicado esta terça-feira, 20 de maio, no site da Comissão do mercado de Valores Mobiliários.

Além da auditoria realizada por auditor externo a pedido do supervisor, a comissão de auditoria do Espírito Santo Financial Group ESFG, estrutura de topo do braço financeiro do GES, detetou "irregularidades materialmente relevantes nas contas da ESI".

No documento, O BES avisa que "um agravamento da situação financeira [daquela ‘holding’] bem como as irregularidades detetadas nas suas contas e eventuais consequências daí resultantes, podem afetar a reputação do BES e a cotação das suas ações". Um efeito de contágio que, receia o banco, pode resultar do facto de"alguns dos anteriores membros do conselho de administração da ESI são administradores do ESFG e do BES".

O banco argumenta, porém, que "não é responsável pela situação financeira da ESI e que o ESFG implementou medidas para salvaguardar eventuais situações de incumprimento por parte da ESI que possam ter impacto no BES". Em causa está a provisão de 700 milhões contabilizada pelo ESFG no final de 2013 e que se destina a fazer face ao risco da exposição do BES à Espírito Santo International, designadamente através do papel comercial emitido por esta "holding" e que foi colocado junto de clientes de retalho do banco.

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