Toca do Hobbit pode ser visitada: viagem ao mundo do Senhor dos Anéis

Não raras vezes, obras literárias ou cinematográficas criam um impacto tão profundo na sociedade que se criam verdadeiros fenómenos de popularidade, tornando certos locais em autênticas atrações globais. 

Na Nova Zelândia, há uma vila que atrai inúmeros turistas de todo o mundo devido à ligação às obras do escritor J.R.R. Tolkien e do realizador Peter Jackson. São inúmeros os fãs deste universo fantástico que viajam propositadamente para este país para ver a famosa toca do Hobbit.

Toca do Hobbit: uma inspiração

O mundo apaixonou-se pelo universo J.R.R. Tolkien. Além da qualidade dos livros do escritor britânico, houve o precioso contributo de Peter Jackson que apresentou ao mundo duas trilogias que foram internacionalmente aclamadas, “O Senhor dos Anéis” e “Hobbit”. 

Nessas obras, podemos encontrar a aldeia dos Hobbits. O mundo mágico imaginado por Tolkien é apresentado com mestria nesses filmes. Ora, Hobbiton é a vila dos Hobbits na Nova Zelândia que serviu como local de filmagem das trilogias do realizador americano.

Hobbiton: uma vila que sai da ficção para a realidade

Wikimedia commons

As paisagens da Nova Zelândia serviram como casa de Peter Jackson no momento em que ele se propôs dar vida à fictícia "Terra-média" que se encontra nas obras "O Senhor dos Anéis" e "Hobbit". 

Embora as casas dos “Hobbits” apresentadas nas duas trilogias sejam produto da imaginação destes homens, J.R.R. Tolkien e Peter Jackson, visitar esta vila revela-se uma experiência verdadeiramente impressionante. 

Hobbiton, que serviu como cenário dos filmes de Peter Jackson “O Senhor dos Anéis” e “Hobbit”, tornou-se numa atração turística desde 2002. É que a vila da Nova Zelândia é conhecida como a Terra Média. 

Ter a oportunidade de visitar o set de filmagem de Hobbiton é algo memorável. Nenhum fã da saga ficará defraudado, pelo contrário. Os cenários do Hobbit presentes na Nova Zelândia tornaram-se numa atração global que chama até si admiradores deste universo mágico e não dececionam os fãs do mundo de J.R.R. Tolkien. 

A vila dos Hobbits tornou-se numa atração turística devido ao sucesso extraordinário dos filmes de Peter Jackson. As casas foram construídas nas encostas das colinas da vila.  

Tour em busca dos Hobbits

A visita a Hobbiton é guiada, sendo realizada em inglês, sempre em grupo (de 15 pessoas, aproximadamente). Apesar de no site Hobbiton Tours indicar a duração de 2 a 4 horas, nesse tempo está integrada a deslocação. 

Por isso, a visita dura apenas 1h30. Como há muito para ver, fica a sensação de que é pouco tempo. No total, existem 44 tocas de Hobbits, que se apresentam em tamanhos distintos, uma forma de informar que há personagens maiores do que outras. 

A maioria das casas (“Tocas de Hobbit”) encontravam-se fechadas para os visitantes, o que prejudicava um pouco a experiência. 

No entanto, recentemente, nesta vila de Nova Zelândia, tornou-se possível visitar uma verdadeira “Toca de Hobbit”. Desde que Hobbiton se tornou numa atração turística, duas tocas de Hobbit foram abertas ao público pela primeira vez.

O aspeto da toca do Hobbit

Freepik

Estas duas “tocas de Hobbit” revelam-se uma experiência imperdível na atração Hobbiton, na Nova Zelândia. Elas encontram-se integralmente decoradas, destacando-se pelos interiores. 

Estes espaços foram recriados habilmente por ilustradores e designers talentosos que tiveram a oportunidade de trabalhar nos filmes. Estes profissionais pretenderam evocar o espírito acolhedor, típico de uma casa de Hobbit. 

As duas "tocas de Hobbit” são descritas como apresentando um “estilo ligeiramente distinto”. No entanto, ambas foram “projetadas para proporcionar aos nossos visitantes uma experiência idêntica”. 

Cada uma das tocas apresenta o que Hobbiton designa de “labirinto de salas totalmente temáticas”. Contêm hall de entrada, quartos, casa de banho, cozinha, sala de jantar, despensa e sala de estar. 

O nível de detalhe que é apresentado nas “Tocas de Hobbit” é surpreendente. Mesmo um fervoroso fã de “O Senhor dos Anéis” ficará fascinado. Os visitantes serão convidados a ficar na toca e explorar cada espaço que prima pelo rigor. 

O espaço é autêntico e incrivelmente fiel ao universo retratado nos filmes. No entanto, os hóspedes mais altos poderão ter dores de costas, pois para não baterem com a cabeça terão que se curvar um pouco…

J.R.R. Tolkien (1892-1973): quem é este escritor que encantou o mundo?

John Ronald Reuel Tolkien (embora tenha ficado conhecido pela sigla J.R.R. Tolkien) nasceu na África do Sul em 1892. Os seus pais eram ingleses e os seus estudos já foram realizados em Inglaterra pois, após o seu pai falecer, ele viajou para o Reino Unido. 

Os seus estudos são concluídos na Universidade de Oxford, em 1915. Após se ter alistado no Exército Inglês, J.R.R. Tolkien combateu na Primeira Grande Guerra. Nesse contexto, foi vítima da "febre-das-trincheiras", uma condição que o levou a permanecer hospitalizado ao longo de 1 ano. 

Posteriormente, integrou a equipa responsável por organizar o "Dicionário Inglês de Oxford". Também chegou a lecionar (na Universidade de Leeds e, posteriormente, na de Oxford). No entanto, fez nome internacional como escritor. 

O seu primeiro livro foi escrito em 1937. “O Hobbit", enquanto a trilogia de "O Senhor dos Anéis", foi publicada alguns anos mais tarde, em 1954 e 1955. J.R.R. Tolkien viria a falecer no ano de 1973. Tinha então 81 anos.

Peter Jackson ajudou a tornar o sonho real

Embora tenha outras obras de qualidade, como King Kong, este realizador ficará para sempre ligado às duas trilogias que apresentam com mestria o mundo imaginado por J.R.R. Tolkien. 

Ora, a ligação do realizador à Nova Zelândia é evidente, pois Sir Peter Robert Jackson nasceu em Pukerua Bay, Porirua, Nova Zelândia, sendo filho de imigrantes ingleses. É neste país que podemos encontrar a vila dos hobbits.

Comunicado

Freepik

Peter Jackson sente um particular carinho por “Hobbiton”. Segundo o realizador, trata-se mesmo do seu local favorito dos filmes “O Senhor dos Anéis”. O realizador não deixou de expressar a sua imensa alegria quando soube que as “tocas de Hobbit” iriam ficar abertas aos visitantes. Por isso, Peter Jackson defendeu num comunicado: 

"Existe uma sensação de curiosidade quando uma pessoa está em Hobbiton, havia sempre o desejo de ir além da porta, que permanecia fechada – até agora”. O realizador prosseguiu a sua análise: “A equipa realizou um trabalho fantástico dando vida à experiência. Parece que o local foi retirado diretamente das páginas do livro de Tolkien."

Experiência única

Atualmente, todos os viajantes que visitam Hobbiton têm a extraordinária oportunidade de explorar as “tocas de Hobbit”. Neste momento, essa regalia faz parte da experiência do passeio pela vila dos Hobbits. Desta forma, os visitantes poderão explorar a riqueza visual de uma das duas tocas que se encontram abertas ao público.

Realizar o passeio pelo conjunto de filmes Hobbiton tem o custo de $120 NZ (cerca de 68€) para adultos, enquanto para crianças e jovens (menos de 17 anos) o valor a pagar é de metade, $60 NZ (cerca de 34€).