
O uso da cor da terra no projeto de casas é uma tendência que começou a ganhar popularidade nos últimos anos. Procurando inspiração nos tons quentes e terrosos que podem ser encontrados na natureza, esta abordagem arquitetónica pretende criar uma conexão harmoniosa entre a casa e o seu entorno. A cor terra evoca a sensação de tranquilidade e aconchego, proporcionando um ambiente relaxante aos moradores. Esta semana, na rubrica de casas de sonho, viajamos até Minas Gerais, no Brasil, para conhecer um exemplar deste movimento: a "Casa Café".

Desenhada por Carlos Maia, Débora Mendes e Igor Macedo, da TETRO Arquitetura, esta casa particular estabelece uma ligação explícita entre o papel social do café e como esta bebida pode ser "um convite a uma longa conversa", que se inspira na terra avermelhada e nas árvores retorcidas da paisagem envolvente. "A Casa do Café é uma casa muito especial feita para um casal que ama bebidas - como café -, e que confecciona artesanalmente alguns processos para consumo próprio", contextualiza o estúdio, no seu site.

Precisamente, o trabalho relacionado com a elaboração do café é outro aspeto que tem sido levado em conta para o projeto da casa, e não apenas no nome do projeto. "Perguntámos como poderíamos criar um projeto que representasse, subjetivamente, as características do café", afirma a Tetro, lembrando que a qualidade da bebida depende muito da localização e qualidade do solo, além do impacto do aroma do café. Aspetos fundamentais para o correto desempenho do trabalho de elaboração desta bebida.

Localizada num terreno inclinado, é composta por duas estruturas separadas por um pátio interno e cercadas por paredes espessas de cimento pigmentado. O contraste é evidente nas espessas paredes de cimento cor de terra que ladeiam a estrutura, ligando os espaços internos e externos e estabelecendo uma conexão direta com a terra.

No interior, cada pavilhão é definido pelo seu uso, um social e outro privado. Este último está localizado na extremidade superior do terreno e contém três quartos modestos ao lado do estacionamento. A entrada passa pelas salas, antes de virar 90 graus por uma escada e por um "corredor de terra" que leva ao espaço social e a uma mudança distinta de atmosfera.

O espaço social em plano aberto contém a cozinha, sala de jantar e sala de estar, bem como uma parede envidraçada que se abre para um terraço virado a sul. A elevação da casa cria uma visão ininterrupta da paisagem. Entre os pavilhões há um pátio interior, um jardim escalonado contendo uma das várias árvores existentes que foram preservadas e incorporadas ao projeto.


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