A morosidade dos processos de reconstrução das casas afetadas pelos incêndios de há um ano fez com que parte dos 60 milhões de euros previstos na proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) ficassem por utilizar. Mas o Governo garante que essas verbas não se perdem e que o dinheiro está contemplado no OE2019. No total, para o próximo ano, estão previstos 40 milhões de euros para esta finalidade.
Na proposta de Lei de Orçamento de Estado, os artigos 140 e 141 referem que “os saldos da execução orçamental de 2018 do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente” transitam automaticamente para os orçamentos de 2019 das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), ficando consignados àquele fim.
Na proposta lê-se ainda que “o mecanismo de apoio à reconstrução de habitações não permanentes afectadas pelos incêndios ou por outras circunstâncias excepcionais bem como a autorização que foi dada no âmbito do Fundos de Assistência Municipal, é prorrogado para 2019.
Devido a atrasos, tanto na identificação e validação das casas, como no lançamento dos concursos e respectiva adjudicação e obra, dos 60 milhões de euros previstos para 2018, foram transferidos para as famílias e para as empresas de construção um montante de apenas 14,7 milhões de euros, segundo dados do Ministério do Planeamento e Infra-estruturas, citados pelo Público.
“O dinheiro que não foi aplicado este ano de 2018 vai transitar para 2019. Ele continuará no Orçamento do Estado para 2019, com a mesma finalidade, como se vai constatar na proposta de Orçamento do Estado que o Governo vai apresentar à Assembleia da Republica”, afirmou Pedro Marques ao diário.
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