Casas arrendadas para alojamento de curta duração

Há quem arrende casa em Portugal para passar apenas alguns meses a trabalhar, a estudar ou a explorar pontos turísticos. Falamos do arrendamento de curta duração, que tem ganho cada vez mais expressão no nosso país. Isto porque a oferta de casas para arrendar neste regime está em máximos dos últimos anos e o interesse continua em alta, num mercado complementar ao Alojamento Local e até ao arrendamento habitacional de longa duração, tal como mostram os dados do idealista, editor deste boletim.

Nos últimos anos, houve um aumento de imóveis em Alojamento Local em Portugal para dar resposta ao crescimento do turismo que chegou em força, a grande parte das cidades nacionais.

O mercado de arrendamento em Portugal está a começar a sentir os impactos do Mais Habitação por via do aumento da oferta de habitação disponível no final de 2023. E os seus efeitos parecem não ficar por aqui: também se está a assistir a um aumento anual de 36% na oferta de arrendamentos temporários (de 1 a 11 meses), sugerindo ser uma alternativa ao Alojamento Local, que ficou bem mais restritivo. Contas feitas, a quota de mercado do arrendamento de curta duração atingiu os 10% no último trimestre de 2023, segundo um estudo realizado pelo idealista, o principal Marketplace imobiliário do sul da Europa.

O negócio do arrendamento de casas de curta duração, mais conhecido em Portugal como Alojamento Local (AL), voltou a dar que falar em 2023. Uma polémica que já vinha de trás e que ganhou expressão – e novos contornos – ao longo do ano. O Governo, através do controverso programa Mais Habitação, apertou o cerco ao AL, alegando que a atividade encarece o preço da habitação, sobretudo em Lisboa e no Porto, contribuindo, desta forma, para a crise habitacional que se vive no setor. Uma ideia criticada vezes sem conta por vários players do setor. Também a União Europeia (UE) se mostra atenta ao negócio do arrendamento de casas a turistas.