Crise na construção

a empresa de construção tecnovia vai colocar 500 trabalhadores em lay-off, sendo que a suspensão temporária dos contratos de trabalho pode começar já em setembro. “temos associados a dizer que a empresa não tem trabalho e que vai recorrer ao lay-off.

o presidente do sindicato da construção, albano ribeiro, acusou o ministro da economia, álvaro santos pereira, de ser arrogante e incompetente e de estar a destruir o sector.

as dívidas do estado às empresas de construção não param de subir.

a câmara municipal de mafra e a assembleia municipal aprovaram, terça-feira, a isenção temporária do pagamento das taxas referentes à construção, ampliação, reconstrução ou alteração de edifícios.

a produção na construção avançou 0,1% na zona euro em maio, face ao mês anterior, sendo que portugal registou o terceiro maior progresso (3,6%).

o sector da construção é um dos mais afectados pela crise, e a luz ao fundo do túnel parece não querer surgir, já que se sucedem as insolvências e a taxa de desemprego não pára de aumentar. a emigração é, nesse sentido, uma solução para muitos dos trabalhadores.

a câmara de lisboa lidera o ranking das entidades que mais adjudicações de obras públicas realizou. em menos de quatro anos, desde final de 2008, a autarquia fechou 944 contratos, no valor de 88,7 milhões de euros.

O número de casas em Espanha continua a crescer, apesar da paralisação da construção de habitação. Segundo dados do ministério do fomento espanhol, no final do ano passado, o parque habitacional do país aumentou 0,7%, para 181.071 unidades, tendo superado os 26 milhões de lares.

o governo aprovou esta quinta-feira (dia 12), em conselho de ministros, a liberação de cauções prestadas para garantia da execução de contratos de empreitada de obras públicas. trata-se de uma medida temporária, visto que o regime excepcional apenas estará em vigor até 1 de julho de 2016.

o governo vai criar um regime excepcional para cauções no sector da construção, que está em crise a não dá sinais de melhoria. a comprová-lo estão os números, nomeadamente no que diz respeito às insolvências e ao crédito malparado.

o índice de produção na construção apresentou, em maio, uma taxa de variação homóloga de -17,3%, face aos -16,1% verificados em abril.

o índice de custos de construção de habitação nova apresentou uma variação homóloga de 2,4% em maio e de 2,2% face ao mês anterior, abril. dados que permitem concluir que está cada vez mais caro construir em portugal.

a crise que vive o sector da construção parece não ter fim à vista. e os números que surgem regularmente servem para comprovar isso mesmo.

o ministério da economia está a preparar um pacote de medidas dirigido ao sector da construção, como por exemplo a libertação mais rápida das garantias exigidas às empresas e a redução de custos associados a alvarás e às cauções e garantias.

o grupo mota-engil está a preparar a entrada no mercado do médio oriente através do qatar, que representa 5% do pib mundial.

no ano passado, o instituto da construção e do imobiliário (inci) recebeu a comunicação de 41.050 transacções imobiliárias, menos 24.027 transacções (37%) face a 2010, o que significou cerca de 6,4 mil milhões de euros.

o presidente do instituto da habitação e da reabilitação urbana (ihru), vítor reis, considera que os elevados custos da reabilitação urbana, que fazem disparar as rendas “para níveis incomportáveis”, têm de ser também alvo de uma reforma.

a construtora soares da costa avançou com a fusão das duas principais participadas na área da construção no país.

o indicador de confiança na construção e nas obras públicas registou, em junho, o valor mais baixo de sempre: -71,5. como demonstra o gráfico em cima, desde junho de 2008 que o valor tem baixado mensalmente, tendo apenas havido uma ligeira subida em 2009, mas quase insignificante.

as expectativas de evolução da actividade no sector da construção e das obras públicas atingiram novos mínimos este mês.

a confederação portuguesa da construção e do imobiliário (cpci) considera que os aumentos do crédito malparado, do número de insolvências e do desemprego são “ingredientes de uma catástrofe anunciada” no sector.

o crédito malparado na habitação está a atingir níveis históricos em portugal, sendo que existem 360 mil casas por vender.

a produção na construção baixou 2,7% na zona euro em abril face a março. em portugal, a quebra (6,7%) foi bem maior que a média verificada nos 17 países da moeda única.

desde o inicio do ano, 811 empresas do sector da construção e do imobiliário já pediram insolvência, o que dá uma média de quase cinco companhias por dia. trata-se de um aumento de 64% face ao mesmo período do ano passado.