Retoma construção

O setor da construção e do imobiliário foi um dos mais afetados pela crise, mas parece estar finalmente a dar sinais de retoma. A confirmar esta tendência estão alguns dados, como por exemplo o facto do setor ter gerado 9.056 empregos no primeiro semestre do ano.

O setor da construção foi um dos que mais “sentiu na pele” os efeitos da crise. Um cenário que mudou no ano passado, tendo-se verificado um crescimento de 3% do Valor Bruto de Produção (VBP), consequência da evolução positiva de todos os seus segmentos de atividade: 5% na construção residencial, 5,1% na construção de edifícios não residenciais e 1% nos trabalhos de engenharia civil.

Como vai ser 2015 para o setor da construção? O ano arrancava com esta pergunta e Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da FEPICOP, mostrava-se otimista. E tinha razões para tal, já que a meio do ano soube-se que, 13 anos depois, o setor deu sinais de recuperação: No primeiro trimestre do ano foram construídas 1.797 casas novas, mais 14,6% que nos primeiros três meses de 2014.

O setor da construção parece estar, finalmente, a fintar a crise. Em 2014, os empresários mostraram-se confiantes da recuperação do setor, “perspetivando uma situação mais favorável quanto à carteira de encomendas, ao emprego e à situação financeira das empresas”, conclui a Federação Portuguesa da Indústria da Construção (FEPICOP), na sua mais recente análise de conjuntura.

O setor da construção foi um dos mais penalizados pela crise, mas começa a dar sinais de recuperação. As insolvências estão a cair, tal como o desemprego, e estão a aumentar as encomendas, bem como o crédito à habitação. Segundo dados do mais recente barómetro da CPCI, no primeiro trimestre do ano há menos 25 mil desempregados no setor face ao período homólogo (-14%) e as insolvências caíram 20%.