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Luz ao fundo do túnel na construção. O ano da recuperação - resumo 2015
GTRES

Como vai ser 2015 para o setor da construção? O ano arrancava com esta pergunta e Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), mostrava-se otimista. E tinha razões para tal, já que a meio do ano soube-se que, 13 anos depois, o setor deu sinais de recuperação: No primeiro trimestre do ano foram construídas 1.797 casas novas, mais 14,6% que nos primeiros três meses de 2014.

Em outubro, o cenário de retoma/recuperação do setor da construção voltou à baila, já que se soube que o mesmo faturou 5,6 milhões de euros no estrangeiro em quase dois anos. Um mês depois, Fernando Silva, presidente do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC, antigo InCI), confirmava ao idealista/news que foram criadas mais de mil novas empresas num ano. Um pouco antes, em setembro, a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) confirmou que o setor saiu da “recessão técnica” no qual esteve mergulhado 13 anos.

Mas nem tudo são boas notícias, já que muitas construtoras foram “ficando pelo caminho”, um cenário ao qual apenas escaparam as grandes empresas. Logo em janeiro, a queda do preço do petróleo em Angola começou a deixar marcas, com as construtoras a temerem a paragem de projetos, o que se veio a confirmar mais tarde, com a indicação de que todos os meses havia 500 portugueses a regressar ao país.

O cenário de despedimentos também voltou a dar que falar. A Soares da Costa foi uma das construtoras mais afetadas, primeiro com o anuncio de um despedimento coletivo de 272 trabalhadores e depois com um outro de 500 pessoas. Também a Somague foi forçada a cortar nos recursos humanos.

No que diz respeito às obras públicas, soube-se já em dezembro que 2015 foi o pior ano de sempre. Antes, a meio do ano, a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) já se mostrava preocupada com a escassez de obras públicas.

A terminar, um dado interessante sobre o setor: foi aprovada em julho, em Conselho de Ministros, a Estratégia Nacional para a Habitação (ENH), para o período de 2015 a 2031. Segundo o documento, Portugal só não terá alojamentos familiares não clássicos (barracas) em 2031.

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