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Casal russo investe em projeto de ecoturismo na Quinta da Boavista em Ponte de Lima
idealista/news

Moreira de Lima, freguesia localizada a poucos quilómetros de Ponte de Lima, foi o local eleito por um casal russo, Ella e Sergey Smotrov, para a construção de um projeto de ecoturismo, onde vão investir mais de seis milhões de euros. O projeto para a Quinta da Boavista contempla a recuperação do solar e dos edifícios de apoio, a construção de um eco hotel, com 40 quartos, para além de um conjunto de quartos, tipo ‘casa na árvore’.

Tem previsto, ainda, a construção de um hostel de apoio aos peregrinos a Santiago, que poderão pernoitar gratuitamente, e de um restaurante para aproximadamente 100 pessoas, que vai funcionar de uma forma autónoma e dar apoio a toda a unidade hoteleira.

O empreendimento, que se desenvolve numa área de 13 hectares, estima a criação 20 postos de trabalho. Tem também prevista a construção de novas vacarias.

Casal russo investe em projeto de ecoturismo na Quinta da Boavista em Ponte de Lima
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Aposta nos visitantes do Norte da Europa

Bernardino Gomes, o arquiteto que faz a ligação com os investidores, contou ao idealista/news que a empresa BonusEventus está a apostar na criação de um projeto de ecoturismo, destinado a “um nível de clientes de exigência alta, principalmente do mercado do norte da Europa, da Rússia e países vizinhos”, dando nota de que “é uma casa com poucos quartos, mas com grandes salões e de interesse arquitetónico relevante”.

Numa primeira fase, os investidores russos avançaram com a reabilitação da casa – a anterior reconstrução, (na década de 70), tinha sido projetada pelo conceituado arquiteto Fernando Távora -, estando as obras em fase de conclusão.

Segue-se agora a recuperação de um conjunto de edifícios, as chamadas casas dos caseiros e de apoio agrícola e que serão transformadas em ‘family houses’.

A construção de trilhos para caminhadas e de equipamentos para atividades lúdicas para as crianças está também contemplada no projeto.

Casal russo investe em projeto de ecoturismo na Quinta da Boavista em Ponte de Lima
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Respeito pela identidade cultural da região

O projeto do casal russo – que se apaixonou por esta região minhota quando, numa viagem de peregrinação nos caminhos portugueses para Santiago, passou em Ponte de Lima - , está a desenvolver o projeto em estreito “respeito pela identidade cultural da região”, destaca o arquiteto.

Um facto que permite que a autarquia de Ponte de Lima tenha também “um canal aberto na análise mais célere do empreendimento”, frisando que o projeto “está a ser realizado em Moscovo e conta com o apoio do gabinete de arquitetura A43, do Porto”.

Ao idealista/news, Bernardino Gomes adiantou ainda que “todo o projeto tem como principio base o respeito pela identidade cultural da região, e a garantia que seja um projeto sustentável, ecológico, recorrendo a painéis fotovoltaicos para produzir energia própria e a centrais de tratamento das águas residuais de todo o complexo”.

O respeito pela identidade cultural e arquitetónica da região e já visível na reabilitação de edifícios e muros de vedação da quinta.

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A paixão por Ponte de Lima

Depois de vários anos a viajar pela Europa no sentido de realizar um projeto de vida fora do seu país natal, Ella e Sergey Smotrov, “na viagem de peregrinação para Santiago, e ao passar por Ponte de Lima, ficaram apaixonados pela vila e pela região”, destaca a apresentação do projeto.

Uma viagem que começou pela Grécia, e, posteriormente, por outros países do sul da Europa, mas acabou em Portugal, onde o clima temperado e a simpatia das pessoas foram outros pontos a favor que pesaram na escolha. Começaram a procurar propriedades, e acabaram por encontrar a Quinta da Boavista em Moreira de Lima, que se encontrava desabitada há cerca de 10 anos e onde permanecia apenas o caseiro.

O antigo proprietário da Quinta da Boavista foi Jorge Tasso de Souza, empresário, representante da Mazda em Portugal, que morreu sem descendência direta. Foram os sobrinhos que herdaram a propriedade, mas o forte investimento necessário para a sua recuperação e manutenção levou à sua venda.

O projeto para a Quinta da Boavista pretende no futuro envolver toda a comunidade vizinha, na realização de atividades culturais, prometendo que vai assim contribuir para o desenvolvimento do tecido social, económico e cultural da região.

 

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