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Greve da TAP: todos os trabalhadores estão agora obrigados a apresentarem-se ao serviço
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Todos os trabalhadores da TAP, desde cozinheiros a pilotos, estão obrigados a a apresentarem-se ao serviço nos quatro dias da greve geral marcada para o período do Natal e do Ano Novo. Isto porque, o Governo aprovou ontem uma requisição civil que visa assegurar 100% dos voos programados pela transportadora aérea portuguesa para o período de greve (de 27 a 30 de dezembro).

Mas a eficácia da requisição civil, usada na TAP apenas duas vezes, (1977 e 1997) não está garantida à partida, segundo escreve o Público, explicando que os trabalhadores podem simplesmente não comparecer, desde que justifiquem a sua ausência.

Na resolução sobre a requisição civil, já publicada em Diário da República, o Conselho de Ministros (CM) alega que a atividade da TAP “assume indiscutível relevância na vida social e económica do país” e salienta que uma paragem na época natalícia “determina graves perturbações na vida social e económica”, significando “uma penalização excessiva e desproporcionada aos cidadãos e às suas famílias, em especial aos emigrantes”. O Governo argumenta ainda que uma greve deste género causaria “prejuízos irreparáveis à comunidade em geral”.

O Governo estima “em 32 milhões de euros” os prejuízos diretos da greve convocada pelos sindicatos da TAP (contra a privatização), acrescentando ainda que os prejuízos indiretos dessa mesma paralisação” tem um “valor estimado não inferior a 60 milhões de euros”.

Mais de 20 mil reservas canceladas

A TAP tinha 130 mil clientes com voos marcados para este período, dos quais mais de 20 mil foram já obrigados a alterar as viagens por causa da greve. Há também uma parte que está a pedir o reembolso do valor pago pelas viagens, com perda imediata de receitas para a empresa. O número de passageiros que desistiram de voar pela companhia entre 27 e 30 de dezembro duplicou em menos de 24 horas, visto que na terça-feira à noite chegava a dez mil.

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