Continua a vaga de reduções de spreads no crédito à habitação nos bancos a operar em Portugal. As novas mexidas são protagonizadas pelo BCP e pelo Popular. Entre os 12 maiores bancos nacionais, apenas o BPI e o BBVA ainda não alteraram os valores da margem financeira que têm nos empréstimos para a compra de casa, desde o início de 2014.
O Millennium bcp reduziu os ‘spreads' que cobram, nos limites máximo e mínimo, enquanto o Banco Popular apenas desceu a sua margem máxima, noticia o Diário Económico.
Esta é a terceira vez que, em 2014, o BCP muda a sua oferta de ‘spreads'. Agora, em agosto, o banco liderado por Nuno Amado cortou o limite mínimo para 2,5%, e a margem máxima para 4,75%.
Já no caso do Popular, desde o arranque do ano, é a segunda vez que baixa o valor cobrado nos empréstimos à habitação. O banco reduziu o limite máximo de ‘spreads' dos anteriores 6%, para 4,75%, mantendo o limite mínimo de 2,25% inalterado, e que segundo o Diágio Económico é o mais baixo do mercado.
Entre as instituições financeiras com ‘spreads' mínimos mais baixos estão também o Crédito Agrícola e o Santander, com valores a partir de 2,45% e 2,49%, respetivamente. Na margem máxima, o Crédito Agrícola, a par do BCP e do Popular, são as que oferecem os limites de ‘spreads' mais baixos.
Crédito à habitação: “Os bancos nunca mais vão voltar a fazer a asneira de dar spreads de 0,25%”
Três anos depois de estarem sem mexer nas elevadas taxas que cobram pelos créditos à habitação, a quase totalidade dos bancos a operar em Portugal está a baixar os spreads desde o início de 2014. Mas os portugueses podem esquecer taxas de 0,3% como antes da crise. Pelo menos, esta é a convicção do diretor da área de imobiliário do Millennium bcp.
Crédito à habitação: Barclays também reduz spreads
A redução dos spreads no crédito à habitação está mesmo a virar uma tendência no mercado português. Agora é a vez do Barclays, que está de saída do país, anunciar que vai baixar o custo do seu financiamento à compra de casa, para um mínimo de 2,65%, seguindo a iniciativa da maioria dos seus concorrentes a operar em Portugal.
Crédito à habitação: mais quatro bancos baixam spreads em junho
Boas notícias para quem quer pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar casa. Desde janeiro, só três bancos, entre os 13 maiores a atuar em Portugal, não mexeram nos spreads relativos ao crédito à habitação. Em junho, mais quatro entidades baixaram os spreads: três fizeram-no pela primeira vez, o Montepio, o Banif e o Deutsche Bank, e uma, o Santander Totta, voltou a descer o seu custo mínimo, de 2,99% para 2,49%.
Empréstimos da casa: avaliação bancária com novo recorde em julho
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 1.945 euros por metro quadrado em julho, mais 34 euros do que no mês anterior e uma subida de 18,7% face a julho de 2024, avançou o INE, esta terça-feira (dia 26 de agosto de 2025). Em junho, o aumento homólogo tinha sido de 18,1%, apontou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Direito ao esquecimento no crédito habitação: lei em consulta pública
O Governo vai submeter a consulta pública a regulamentação do chamado “direito ao esquecimento”, medida que pretende impedir a penalização de pessoas que tenham tido doenças graves, como cancro ou VIH, no acesso a crédito habitação e seguros de vida. A legislação existe desde 2021, mas só agora se prepara a sua aplicação prática.
Crédito habitação: juros baixam e prestação média mantém-se em julho
A taxa de juro implícita no crédito habitação em Portugal caiu para 3,385% em julho, confirmando a tendência de descida que se verifica desde o início do ano. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 2,951% em junho para 2,897% em julho, oferecendo condições mais favoráveis para quem procura financiamento habitacional.
Crédito habitação: intermediários crescem 30% e ultrapassam bancos
Pedir crédito habitação diretamente no balcão dos bancos está a cair em desuso, em Portugal. Cada vez mais famílias recorrem aos intermediários de crédito, que trabalham lado a lado com a banca. Se em 2019 apenas 9,2% dos empréstimos para comprar casa passava por estes profissionais, em 2024 já era mais de metade de metade (57%), segundo dados do Banco de Portugal.
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