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Crédito à habitação: contratar produtos para baixar spreads pode sair mais caro
GTRES

A Deco analisou as condições do crédito à habitação dos sete maiores bancos a operar em Portugal e concluiu que, em alguns casos, a subscrição de produtos financeiros para fazer baixar o spread do financiamento – o chamado “cross-selling” – pode ser uma solução mais dispendiosa.

Em causa está um artigo publicado na edição de julho da Dinheiro & Direitos, publicação da Deco, que conclui que “por vezes, os custos associados à contratação de produtos anulam as reduções obtidas no spread”. “No campo minado da contratação de produtos para reduzir o spread, a única forma de comparar propostas de forma viável continua a ser a taxa anual efetiva revista (TAER)”, escreve a publicação. Além do spread, esta taxa inclui todos os restantes custos associados ao empréstimo, como os seguros e as comissões, sendo a sua divulgação obrigatória nos contratos de crédito.

Segundo o Diário Económico, que se apoia no referido artigo, perante um cenário de um financiamento equivalente a 80% da avaliação do imóvel, optar pelo “cross-selling” máximo, no caso dos empréstimos à habitação no BPI e na CGD fazia baixar o spread, mas em compensação a TAER era mais elevada.

No caso do BPI, o spread descia de 3,35% para 2,45%, mas a TAER subia de 3,78% para 4,65%. Já na CGD, o spread baixava de 2,75% para 2,05%, mas a TAER aumentava de 3,19% para 3,38%.

De referir que perante um cenário em que o peso do financiamento era de 50% do valor da garantia as conclusões da Dinheiro & Direitos apontavam no mesmo sentido.

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