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Crédito habitação para a vida, mas podes (e muitas vezes deves) trocar de banco
GTRES

Se o crédito habitação é um financiamento que, normalmente, é para a vida, o banco onde o fazes não tem que ser sempre o mesmo. Aliás, em muitas ocasiões deve-se mesmo mudar. Mudar permite poupanças que, em muitos casos, chegam às dezenas de milhar de euros no final do contrato. Este artigo preparado para o idealista/news pela plataforma ComparaJá.pt explica tudo sobre as particularidades de transferir um crédito habitação. Organizamo-lo em quatro fases.

Fase 1 – Ver quais são as condições atuais

  • Em primeiro lugar é preciso olhar para o que já se tem: quais as condições presentes no teu crédito habitação atual. Qual é o spread (mas, sobretudo, qual é a TAEG) que se está a pagar no banco atual.
  • Pode acontecer teres subscrito um produto de crédito habitação há uns anos que, com as mesmas condições atualmente, levaria a poupanças que podem atingir as dezenas ou centenas de euros por mês. Trocar é bom, mas deve ser feito com calma e ponderação.
  • Isto porque também é preciso atentar em diversas variáveis: por exemplo, quanto se paga atualmente de seguro de vida associado ao crédito habitação? Compensa ir para outro banco? Ou deve-se mudar este produto para uma outra instituição terceira (o que já é possível)? E mais: muitas vezes, para se atingirem bonificações no spread, os bancos exigem que se contratem produtos associados, como contas-poupança ou cartões de crédito. E aqui entramos na fase 2 que é...

Fase 2 - ...tirar a temperatura ao mercado

  • A guerra dos spreads está ao rubro. Os bancos têm descido este indicador e competem pelos clientes. É uma altura ótima para se fazer prospeção de mercado e conseguir ofertas bem vantajosas.
  • Mas cuidado: olhar para o spread pode ser enganoso e é pela TAEG que nos devemos guiar. Este reflete mais custos do crédito habitação, tais como
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  • Esta pode ser uma boa oportunidade para quem contratou financiamento imobiliário na altura em que se pagavam altas taxas, passe a pagar bem menos.

Fase 3 – Transferir um crédito habitação não está isento de custos

  • Pode haver custos associados à simples transferência do crédito habitação. A mais conhecida é a comissão de amortização (uma vez que o crédito a decorrer tem que ser pago) e que pode variar entre:
  • * 0,5% do capital que é reembolsado para contratos que tenham uma taxa de juro variável;
  • * 2% do capital reembolsado em contratos com taxa de juro fixa.
  • No entanto há bancos que “cobrem” essa comissão, ou seja pagam os valores envolvidos para o cliente se este mudar para o seu banco. É o caso, mediante certas condições, por exemplo, do Santander, do Banco CTT ou Crédito Agrícola, entre outros.
  • Além destes, ainda se podem contabilizar outros custos tais como a comissão de avaliação, os custos de solicitadoria ou os emolumentos notariais.

Fase 4 – O processo de pedir a transferência, passo-a-passo

  • Há ainda alguns passos que deves dar depois de escolhida a instituição para onde se vai proceder à transferência do crédito imobiliário. A primeira é fazer a sua solicitação e juntar a documentação necessária para tal. Desta deve constar:

* Documentos de identificação dos titulares do empréstimo (Cartão de Cidadão, BI ou Passaporte);

* Últimos três recibos de vencimento para trabalhadores dependentes e dos últimos seis meses para trabalhadores por conta própria;

* Extrato bancário referente aos últimos três meses;

* Caderneta predial e Certidão do Registo Predial;

* Mapa de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal.

* Comprovativos de morada e de IBAN;

* Declaração da entidade patronal;

* Última declaração de IRS e respetiva nota de liquidação;

  • Depois do pedido ser aprovado é imperativo avisar a instituição onde tem o crédito da intenção de mudá-lo para outro banco. O aviso tem que ser feito com 10 dias de antecedência e só depois dará para avançar com o processo.
  • Finalmente, num prazo de 10 dias úteis a antiga instituição bancária deve transmitir ao teu novo banco todos os documentos e informações que sejam necessárias.
  • Claro, resumindo, é aconselhável que se avalie bem o mercado e se perceba todas as condições associadas. A transferência do crédito habitação ainda é um processo pesado, pelo que é necessário que a mudança seja, de facto, vantajosa. Mas, levado a bom porto, pode ser mesmo um grande alívio na taxa de esforço.
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