Ainda em fase de testes, a nova taxa de juro interbancária - que visa complementar a Euribor e a Eonia a partir do final de 2019 - já tem nome. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu e já anunciou que se vai chamar ESTER (sigla em inglês para "euro short-term rate"). Esta nova taxa vai ser uma solução híbrida, depois de os bancos terem rejeitado um modelo com base em transações reais. A Euribor serve de referência à grande maioria dos contratos de crédito à habitação celebrados em Portugal.
Isto significa que a ESTER, em provas desde o início deste mês, será formada com base nas transações que ocorram no mercado interbancário da Zona Euro e também com base nas estimativas facultadas pelos bancos, segundo adianta a Reuters.
Na prática, a nova metodologia será composta por um esquema em três níveis que têm em conta as exigências regulatórias, colocando um ponto final na transição para a Euribor-Plus (sistema totalmente baseado em transações).
O objetivo das autoridades europeias é a criação de uma taxa que seja menos manipulável - como demonstrou ser a Euribor, envolvida em vários escândalos de fraudes financeiras - e dar mais informação, e mais transparente, sobre o real funcionamento do mercado.
Consulta pública no final deste ano
O Instituto Europeu dos Mercados Monetários (EMMI, na sigla inglesa) anunciou, a 2 de maio, que teve início a fase de testes da metodologia híbrida da Euribor. Estes testes serão desenvolvidos ao longo de três meses, terminando a 31 de julho. Ao longo deste período, serão conduzidas análises mediante vários cenários e avaliados todos os parâmetros metodológicos.
Depois destes testes, no terceiro trimestre, será conduzida uma nova consulta pública. Prevê-se que esta taxa seja lançada no quarto trimestre de 2019. E antes disso será definido um período de transição.
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