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Santander entra na corrida dos baixos spreads, mas oferta de 1% apenas para alguns clientes
Photo by Todd Diemer on Unsplash

A guerra de spreads no crédito à habitação continua ao rubro. De uma forma ou outra, os bancos vão baixando as margens cobradas nos empréstimos para a compra de casa. Agora foi a vez do Santander Totta anunciar que vai ter um spread mínimo de 1%, igualando a oferta à do espanhol Bankinter - que tem a proposta mais barata do mercado. Mas neste caso o spread mais baixo não é para todos.

Apenas os clientes com património mais elevado e com ordenados domiciliados mais altos poderão beneficiar desta campanha do Santander Totta. Ou os clientes com o pacote Mundo 123, que não têm de respeitar essa categoria, mas apenas podem beneficiar do desconto por um semestre. 

No caso dos clientes Select, a redução do "spread" é de 1,1% para 1% e aplica-se independentemente do montante emprestado e do rácio de financiamento. Para os clientes Mundo 123, a taxa também é reduzida de 1,1% para 1%, mas apenas durante os primeiros seis meses do crédito contratado. Terminado este período, aplica-se a taxa do preçário geral, variando consoante o montante e o rácio de financiamento.

Já para os clientes que não subscrevem qualquer uma destas soluções, mantém-se o "spread" mínimo de 1,2% praticado até aqui. Há uma mudança nos créditos com rácio igual ou inferior a 80% e montantes até 150 mil euros, onde o "spread" mínimo cai de 1,4% para 1,2%.

O Novo Banco continua a ser o banco com a taxa mais elevada, de 1,25%, seguido pela CGD, que, apesar da redução aplicada este ano, cobra uma taxa de 1,23%. BPI, EuroBic e Crédito Agrícola têm agora um "spread" de 1,2%, enquanto o Montepio está em 1,175%. Já o BCP - que reduziu o spread este mês - e o Banco CTT cobram ambos 1,1%. A liderar a oferta dos spreads mais baixos mantém-se o Bankinter, com uma taxa de 1%.

A taxa média praticada pelos dez maiores bancos a operar em Portugal (considerando ainda o "spread" de 1,2% do Santander, já que é esse que se aplica à generalidade dos clientes) está, assim, em 1,17%, um valor que, segundo dados revelados recementemente pelo Negócios, está 40% abaixo dos 1,95% que se registavam no final de 2015.

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