Há menos famílias a pedir crédito habitação em Portugal, dadas as elevadas taxas de juro. Mas os bancos continuam empenhados em criar ofertas competitivas de forma a atrair clientes, como é exemplo a redução do spread. E não só. Há instituições bancárias que facilitam a vida às famílias que querem comprar casa, não exigindo vinculações para ter spread mais atrativos, como é o caso da UCI. Explicamos tudo na rubrica Crédito Habitação do mês de setembro.
O crédito habitação tem perdido fôlego em Portugal perante as elevadas taxas de juro. É isso mesmo que mostram os dados mais recentes do Banco de Portugal: em julho foram concedidos 1.581 milhões de euros em novos empréstimos para comprar casa, menos 75 milhões que no mês anterior. A par disso, “a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação aumentou ligeiramente, de 4,23% em junho para 4,24% em julho”. Este contexto coloca novos desafios os bancos para atrair clientes.
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Bancos adotam estratégias para atrair famílias
Perante este cenário, os bancos têm vindo a adotar estratégias para conseguir captar novos mutuários, entre as quais se destaca a redução do spread. E há ainda quem opte por se destacar ainda mais da concorrência, como é o caso da UCI. Neste banco, não há a necessidade de vinculação para ter redução de spread. Ou seja, não é preciso domiciliar o ordenado ou contratar seguros através da mediação da entidade financeira.
E a verdade é que não tendo necessidade de vinculação ao banco, as famílias não têm de passar pelo incómodo de alterar débitos diretos, cancelar cartões ou alterar a domiciliação de salário, fruto da abertura de uma nova conta bancária. No fundo, para pedir um crédito habitação na UCI não é preciso trocar de banco.
As famílias que avançarem com crédito habitação na UCI podem obter um financiamento até 90% do valor de compra ou avaliação (menor de ambos para a compra de habitação própria permanente), com prazo de 30 anos (com os limites definidos pelo Banco de Portugal) e limite de idade de 75 anos.
Isto é uma vantagem competitiva já que há bancos no mercado que financiam 90% do valor de compra, mas só 80-85% do valor da avaliação. E torna-se importante num momento em que “há uma décalage entre os preços da habitação e as avaliações bancárias nalgumas regiões, o que torna mais difícil a aquisição de imóveis com recurso a empréstimo”, tal como concluiu o estudo “A crise da habitação nas grandes cidades – uma análise” da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), publicado em julho.
Quer isto dizer que as avaliações das casas têm sido de valor mais baixos do que o preço de compra na maioria das regiões do país, levando os bancos a conceder empréstimos pelo valor da avaliação (o menor dos dois). Assim, noutros bancos residentes no país, as famílias conseguem financiamentos mais baixos (80%, por exemplo), tendo de dar mais capital de entrada no crédito.
Crédito habitação: avaliação da casa é ou não obrigatória?
Quem procura um crédito habitação para comprar casa terá de entregar uma série de documentação ao banco a fim de avaliar a situação financeira da família. E, depois, os bancos pedem também a avaliação do imóvel com o objetivo de tomar uma decisão sobre o montante a financiar. Mas será que este passo é obrigatório? Explicamos tudo no artigo da Deco Alerta desta semana.
Setembro traz nova subida na prestação da casa - fica a saber quanto
As famílias vão pagar mais ao banco pelo crédito habitação no pós-férias. Apesar de alguns sinais de maior estabilização nas taxas de juro, setembro ainda será sinónimo de aumentos na prestação da casa, até porque os níveis atuais ainda são elevados, comparados com os dos últimos anos - e é provável que o valor das mensalidades continue a subir nos próximos meses. Há quem diga que o pico já foi atingido, mas ainda é cedo para dizer que o pior já passou. Explicamos com bas
Subida dos juros pelo BCE está na "reta final" com descida da inflação
O ciclo de aperto da política monetária europeia, que leva mais de um ano, deverá estar a chegar ao fim. Esta é a visão do vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, que garantiu que estamos na “reta final” do aumento das taxas de juro. Já Mário Centeno, membro do BCE e governador do Banco de Portugal (BdP), diz que a possibilidade de o regulador europeu subir demasiado as taxas de juro começa a ser um risco concreto. Tudo está em “aberto” e a nova decisão
Compra de casa é mais difícil por diferença entre preços e avaliações
A compra de casa em Portugal tem-se tornado cada vez mais difícil devido aos elevados preços das casas, a par dos altos juros no crédito habitação. Mas não só. Também existe uma “décalage” entre preços da habitação e avaliações bancárias, o que tem dificultado a aquisição de imóveis com recurso a empréstimo bancário. Isto porque as famílias são obrigadas a dar um maior valor de entrada para o crédito. Explicamos.
Crédito habitação em Portugal: valor de entrada duplica em 5 anos
Para comprar casa em Portugal com recurso a crédito habitação, as famílias precisam de ter poupanças para pagar impostos e dar entrada no empréstimo. Mas está cada vez mais difícil economizar dinheiro para fazer face a estas despesas. Isto porque o dinheiro necessário para dar de entrada no crédito habitação em Lisboa e no Porto praticamente duplicou entre 2017 e 2022, aponta um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS).
Bancos estão a reduzir spreads nos créditos habitação: porquê?
Há cada vez menos famílias a pedir crédito habitação para comprar casa em Portugal, dada a subida dos custos de financiamento por via do aumento dos juros. É neste contexto que os bancos estão a oferecer condições mais vantajosas nos empréstimos bancários, mediante a redução dos spreads. Muitos bancos residentes em Portugal já apresentam mesmo spreads abaixo de 1%, que podem descer até 0,75% com bonificação máxima.
Direito ao esquecimento no crédito habitação: lei em consulta pública
O Governo vai submeter a consulta pública a regulamentação do chamado “direito ao esquecimento”, medida que pretende impedir a penalização de pessoas que tenham tido doenças graves, como cancro ou VIH, no acesso a crédito habitação e seguros de vida. A legislação existe desde 2021, mas só agora se prepara a sua aplicação prática.
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