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Portugal já reembolsou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) mais de 16.000 milhões de euros do envelope total de 26.000 milhões concedidos no âmbito do resgate financeiro de 2011. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) pagou mais cerca de 1.750 milhões de euros em julho, o que significa que 60% do empréstimo já está pago.

"O IGCP concretizou em junho e julho dois reembolsos antecipados do empréstimo ao FMI no montante de SDR 810 milhões [cerca de 1.000 milhões de euros] e SDR 1.447 milhões [1.750 milhões de euros], respetivamente", anuncia a agência liderada por Cristina Casalinho no boletim mensal da instituição, citado pela Lusa.

Estes reembolsos correspondem a amortizações de capital que originalmente eram devidas entre junho de 2019 e Março de 2020, acrescenta o IGCP, sublinhando que, com estes reembolsos, Portugal pagou já 60% do empréstimo total inicial do FMI.

Com o reembolso de cerca de 1.750 milhões de euros anunciado esta segunda-feira, 24 de julho, pelo IGCP e perante o compromisso do Governo português, o Tesouro deverá pagar antecipadamente mais cerca de 850 milhões de euros até agosto.

O pagamento antecipado de empréstimos do FMI necessita do aval dos Estados-membros, tal como explica a agência de notícias, pois estes terão que aceitar renunciar a uma cláusula (waiver) nos contratos de empréstimos concedidos no quadro do programa de assistência financeira, que prevê que reembolsos antecipados tenham que ser proporcionais entre todos os credores (e Portugal só tenciona, mais uma vez, pagar mais cedo os empréstimos do FMI).

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