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Carlos Gomes da Silva, presidente executivo da Galp, e Carlos Costa Pina, administrador da petrolífera com os pelouros das novas energias e serviços corporativos foram constituídos arguidos, no âmbito das investigações às viagens ao Euro 2016. Em causa estão os voos e as estadias pagas pela Galp a convidados para assistirem aos jogos que a seleção nacional de futebol disputou em França. 

Os dois gestores da Galp são assim o sétimo e oitavo arguidos do processo que já é conhecido por "Viagens da Galp" ou "Galpgate". Segundo o Ministério Público, citado pelo Jornal de Negócios, em causa está a "alegada prática do crime de recebimento indevido de vantagem".

A Galp, ao diário, declarou que "as averiguações são uma oportunidade para o esclarecimento cabal dos factos, sendo no interesse de todos que tudo seja clarificado. Como sempre e desde o primeiro momento, a Galp continua e continuará a colaborar com as autoridades. A empresa aguarda serenamente as conclusões dainvestigação e reafirma que o seu apoio à selecção nacional foi feito dentro da lei, seguindo uma prática habitual, comum e generalizada".

Entre os outros seis arguidos do caso Galpgate já conhecidos encontram-se João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria, Jorge Costa Oliveira, ex-secretário de Estado da Internacionalização, e Fernando Rocha Andrade, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Recorde-se que estes três ex-governantes demitiram-se no início de julho antes de serem constituídos arguidos, o que veio acontecer a 19 de Julho.

Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), a constituição como arguidos destes três ex-governantes deve-se ao facto de estarem em investigação "factos susceptíveis de integrarem a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, previstos na Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos".

Os outros três arguidos são Vítor Escária (ex-assessor do primeiro-ministro António Costa), Jorge Bezerra da Silva (ex-chefe de gabinete de Rocha Andrade) e Pedro de Almeida Matias ( ex-chefe de gabinete de João Vasconcelos), o qual foi nomeado como presidente do Instituto de Soldadura e Qualidade em Março de 2017.

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