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Ajudas à banca custaram mais de 17.000 milhões aos bolsos dos contribuintes em dez anos
GTRES

Os apoios do Estado à banca somam e seguem. Em 10 anos – entre 2007 e 2017 –, a fatura paga pelos contribuintes portugueses ultrapassou os 17.000 milhões de euros (cerca de 9% do PIB), segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP). O antigo BES, a CGD e o BPN arrecadaram o maior volume de ajudas financeiras.  

As medidas de apoio ao sistema financeiro em Portugal “tiveram um impacto acumulado neste período de 9,1% do PIB no défice e de 12,3% do PIB na dívida pública”, lê-se no comunicado divulgado pelo regulador. O impacto no défice de 2017 foi de cerca de 4,5 mil milhões de euros (2,4% do PIB), “essencialmente por via da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD)”, refere o documento.

As ajudas ao sistema financeiro atingiram o segundo maior valor de sempre no ano passado, com a injeção de capital na CGD, na ordem dos 3,9 mil milhões de euros. Mas foi em 2014, com o colapso do BES, que os apoios atingiram o seu pico. A resolução da instituição, até então liderada por Ricardo Salgado, custou 5,1 mil milhões de euros aos cofres do Estado. No pódio dos bancos com maiores apoios financeiros está também o BPN, que em 2010 recebeu uma injeção de capital de 1,8 mil milhões de euros.

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