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Indústria automóvel enganou automobilistas portugueses em 1,6 mil milhões
Vita Marija Murenaite/Unsplash

A indústria automóvel enganou os automobilistas portugueses em 1,6 mil milhões de euros desde 2000, manipulando o real consumo dos veículos. O valor é revelado por um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E), que dá conta que a manipulação custou aos condutores europeus um extra de 149,6 mil milhões de euros nos últimos 18 anos.

Só no ano passado, e graças a essa manipulação, os portugueses gastaram mais 264 milhões de euros em combustível extra, escreve a Lusa. Vista à escala europeia, a manipulação ascendeu a um gasto extra de 23,4 mil milhões de euros.

Nesta manipulação do real consumo dos veículos, de acordo com o estudo, os mais lesados foram os automobilistas alemães, com 36 mil milhões de euros desperdiçados desde 2000, seguidos dos britânicos (24,1 mil milhões), dos franceses (20,5 mil milhões), dos italianos (16,4 mil milhões) e dos espanhóis (12 mil milhões).

Já o que os portugueses pagaram a mais nestes 18 anos, 1,6 mil milhões de euros, é superior aos gastos totais das famílias portuguesas durante um ano em educação, refere a organização ambientalista ZERO, citada pela agência de notícias. A Quercus também reagiu ao estudo, apelando aos ministros do Ambiente e aos eurodeputados para que impeçam a indústria automóvel de continuar “a defraudar as regras”.

De referir que a federação responsável pelo estudo é apoiada por 58 organizações de 26 países da Europa, incluindo as ambientalistas portuguesas ZERO e Quercus.

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