Cabaz alimentar subiu de 3,3% para 10,9% em maio, sendo o valor mais elevado de sempre e a terceira maior subida na Zona Euro.
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Eurostat

Portugal é o terceiro país da Zona Euro onde o preço dos alimentos mais subiu, disparando acima da média europeia desde o início do ano. Segundo os dados mais recentes do Eurostat, o cabaz alimentar aumentou 3,3% para 10,9% em maio, sendo esta a primeira vez que os preços dos bens alimentares sobem a dois dígitos no país.

Em Portugal, um dos 11 países da moeda única com variações acima da média, a aceleração desde janeiro foi de 7,6 pontos percentuais. Pior só a Lituânia e a Letónia, que tiveram aumentos de 9,5 e 7,9 pontos percentuais, respetivamente, indica o gabinete de estatísticas europeu.

De acordo com um relatório do Banco Central Europeu (BCE), citado pelo Jornal de Negócios, embora a inflação “modere no médio prazo”, os produtos deverão continuar a ficar mais caros.

Num relatório publicado esta terça-feira, o BCE indica que a inflação nos alimentos “aumentou significativamente nos países da Zona Euro que estão mais expostos às importações agrícolas da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia”, o que não é o caso de Portugal. Mas aponta três razões possíveis para o cenário português: o elevado consumo de energia na produção e processamento de alimentos; a necessidade de gás natural na produção de fertilizantes; e as margens de lucro no retalho.

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