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Novo Banco herdou 15 mil imóveis do BES que agora não pode vender

O Novo Banco, que resultou do antigo BES, tem a carteira de imóveis congelada e está impedido de concretizar qualquer operação de venda dos ativos imobiliários que tem. Esta situação, gerada por falta de tramitação legal, está a afetar a atividade do banco, penalizando as contas, mas também de compradores que já tinham iniciado negócios antes de 3 de agosto - quando o BES foi intervencionado e dividido em duas dois (banco "tóxico"; e Novo Banco).

O Público noticia hoje que há dois meses que o Novo Banco está impossibilitado de negociar a venda da sua carteira de imóveis por, no processo de resolução do BES, não terem sido acautelados os mecanismos legais que possibilitam a concretização das transações.

Em agosto, quando se verificou a divisão do BES em dois, transitaram para o balanço do Novo Banco cerca de 15 mil imóveis avaliados em cerca de 2 mil milhões de euros. Mas afinal não podem ser transacionados, sendo tecnicamente um ativo morto, que penaliza as contas da instituição.

Falta de registo nas Finanças bloqueia vendas

Em causa está, segundo este jornal, a ausência de registo nas Repartições de Finanças da transferência dos ativos do BES para o Novo Banco, que agora tem à frente Eduardo Stock da Cunha. Não só os notários resistem a dar andamento às operações, como as conservatórias colocam entraves à liquidação do IMT.

Em 2013, o BES vendeu 3462 imóveis, com um encaixe de 444 milhões de euros e uma mais-valia de 500 mil euros. A meta definida no início deste ano para o corrente exercício apontava para um valor à volta dos 500 milhões de euros. A venda dos ativos surge, assim, como uma via para a banca equilibrar as contas através do encaixe de fundos e sobretudo por eliminação de imparidades.

 

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