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Açores, um dos pontos de interesse turístico internacional em Portugal.

2014 foi o melhor ano de sempre para o turismo em Portugal. E 2015 vai também no bom caminho em termos de receitas turísticas para o país. Mas, em contrapartida, as empresas de hotelaria e restauração enfrentam momentos críticos e cerca de 60% do setor está mesmo em risco de falência. O alerta chega da Comissão Europeia. 

"É o resultado de uma única situação: a elevada carga fiscal que impera sobre a restauração e hotelaria e que provocou a sua descapitalização", acusa Pedro Carvalho, diretor do departamento de investigação, planeamento e estudos da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), em declarações ao Dinheiro Vivo.

"Houve um brutal aumento de impostos que as empresas, num período de deflação, não refletiram nos preços ao consumidor, pelo que as nossas margens e capitais próprios começaram a ser verdadeiramente esmagados.", explica o responsável citado pelo jornal.

As receitas turísticas portuguesas atingiram, no ano passado, um novo máximo histórico de 10 394 milhões de euros, contra 9250 milhões em 2013, refletindo um recorde de 46,1 milhões de dormidas. 

Apesar disso, um relatório da Comissão Europeia, que avalia o nível de endividamento e os desequilíbrios macroeconómicos após o programa de ajustamento de que Portugal foi alvo, mostra que 60% das empresas de restauração e hotelaria estão em alto risco de falência. 

A agravar a situação está ainda o facto de o rácio de autonomia financeira das empresas de restauração e hotelaria, que mede a sua solvabilidade, ter baixado para 0,14 em 2013, um mínimo histórico, de acordo com os dados do INE. 

 

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