A venda do Oceanário de Lisboa foi ontem aprovada pelo Governo em Conselho de Ministros à família dona do Pingo Doce. No total, a Sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS) vai pagar 224 milhões de euros pela concessão do equipamento e compromete-se a investir outros 110 mihões de euros em educação e investigação.
O Governo encaixa 114 milhões de euros com a operação, diz o Jornal de Negócios, precisando que na oferta contam-se 24 milhões relativos à alienação das acções da Oceanário de Lisboa SA e 10 milhões como contrapartida da concessão.
Ao longo dos 30 anos de concessão, a intenção do Estado é de encaixar mais 80 milhões de euros: 52 milhões de euros relativos a uma renda anual fixa e outros 28 milhões relativos a uma renda anual variável que incide em 5% sobre as receitas.
"O que estava em causa não era termos um vencedor para gerir um aquário", realçou o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, citado pelo jornal. O governante destaca o compromisso da SFMS em investir outros 110 milhões de euros em investigação e desenvolvimento na área dos oceanos com o novo equipamento que irá gerir.
Processo renhido
O processo contou com 70 potenciais investidores. Destes, 12 assinaram propostas de confidencialidade e cinco apresentaram propostas vinculativas. Para além da SFMS, estavam na corrida os espanhóis Aspro Parks e Parques Reunidos, a francesa Compagnie des Alpes e a portuguesa Mundo Aquático (dona do Zoomarine).
O Oceanário de Lisboa passou para a esfera pública no início deste ano, por 54,2 milhões de euros, no âmbito do plano de extinção da Parque Expo. No ano passado, o Oceanário gerou lucros de 1,49 milhões de euros e recebeu quase um milhão de visitantes.
Para poder comentar deves entrar na tua conta