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O retorno total do imobiliário em Portugal deverá rondar os 10% em 2017, um valor ligeiramente inferior face ao registado no ano passado (12,2%), segundo dados que constam no índice IPD Portugal Annual Property Index. Porém, a 15 anos, a rentabilidade média de 7,1% do imobiliário ultrapassa “a do mercado de ações ou de obrigações”, um valor “interessante e robusto” a nível de performance comparando com restantes classes de investimento, disse Luís Francisco, vice presidente da MSCI Iberia.

Citado pelo Público, o economista Luís Duque referiu que “Portugal precisa dramaticamente de investimento”, sendo que “uma das componentes mais significativas é a construção, parte motivada pela construção de habitação”, em grande parte através da reabilitação urbana.

Já Alexandre Fernandes, diretor de Asset Management da Sonae Sierra, refere que o imobiliário “é cada vez mais escolhido como classe de ativos para investimento”. O especialista adianta, no entanto, que “estas rentabilidades são excecionais”. “Não vamos continuar a ter estes níveis, o retorno direto vai baixar para níveis mais sustentáveis”, frisou.

Os resultados do índice concluem que a performance total devolvida em 2016 foi de 12,2%, sendo que a carteira média do índice IPD Portugal é formada 69% por retalho, nomeadamente centros comerciais, que representam mais de 50%, e escritórios. “Portugal tem um comportamento relativamente estável em termos de volatilidade, defende-se mais nesse ponto concreto. E tem vindo a crescer ao longo dos últimos três anos”, sendo um dos poucos mercados que subiram a sua rentabilidade entre os analisados no último ano, disse Luís Francisco, citado pela publicação.

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