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Lisboa investe 180 milhões de euros em túneis para travar as cheias
GTRES

A partir de sábado, espera-se uma nova onda de calor e a maior parte do país está em situação de seca. Mas quando chega ao Inverno, quase sempre há o problema inverso, com as cheias a inundar cidades, como Lisboa. É para evitar esse cenário habitual, que a Câmara Municipal da capital decidiu avançar com um processo de construção de dois túneis de drenagem que visam escoar a água de chuvas intensas para o rio Tejo.

O projeto,  que entrou em consulta pública em julho depois de ter recebido luz verde final numa reunião camarária um mês antes, só deverá estar concluído dentro de quatro anos, sendo que as obras estão agendadas para arrancar em 2018, após as eleições autárquicas.

O investimento global, segundo conta o Observador, é de 180 milhões de euros, mas a obra principal e com mais impacto é a construção de dois túneis, um de 5,5 quilómetros entre Santa Apolónia e Monsanto e outro de 1,5 quilómetros, entre Chelas e o Beato, orçados em 85 milhões de euros. Os estudos prometem uma solução para 100 anos que pode evitar neste período cerca de 20 inundações graves com prejuízos de centenas de milhões de euros.

Obras em seis zonas da capital

A fase de construção, tal como escreve o jornal, prevê intervenções à superfície em seis zonas de Lisboa — Campolide, Avenida da Liberdade/Santa Marta, Avenida Almirante Reis, Santa Apolónia, Chelas e Beato.

Em causa estão obras para a entrada do túnel Monsanto-Santa Apolónia em Campolide (zona 1 no mapa), intervenções em pontos localizados na Avenida da Liberdade e Rua de Santa Marta (zona 2) e a Avenida Almirante Reis (zona 3) e a saída para o rio em Santa Apolónia (zona 4) que será construída em vala. No caso do túnel Chelas-Beato, as intervenções à superfície vão ocorrer em zonas muito localizadas de Chelas (zona 5) e do Beato (zona 6).

Ruído, limitações no trânsito, mais camiões a circular, constrangimentos nos acessos e mobilidade, pó, fazem parte da lista de impactos negativos apresentados no estudo de impacte ambiental e que serão sentidos durante a fase de construção, prevista para durar quatro anos. A circulação automóvel não será interrompida em nenhuma das áreas, mas apenas reduzida, garantem os autores do estudo. Para atenuar esses impactos, o calendário de execução não é o mesmo para todas as zonas.

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