São milhares os quilómetros que separam Portugal da Coreia do Norte, mas a verdade é que as trocas comerciais entre os dois países existem, ainda que incipientes. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal enviou nos primeiros seis meses do ano, embalagens de medicamentos para a Coreia do Norte no valor de 4.182 euros.
O aumento das sanções por parte da União Europeia, a propósito da intensificação dos testes nucleares, não provocou o corte de relações entre países, já que ainda há espaço para compras, mesmo que de valores reduzidos. De acordo com o Público são desconhecidos quer o tipo de medicamentos vendidos, quer a identificação da empresa vendedora e o percurso que é feito pelos produtos.
Este ano, e à semelhança do ano anterior, Pyongyang não fez uma única venda a Portugal. Ainda assim, 2013 apresentou um saldo positivo, ano em que foi registado o maior número de importações, quando chegaram, vindos da Coreia do Norte, carretos de pesca no valor de 298 euros, circuitos elétricos (24.422 euros) e limpa pára-brisas para automóveis (31.613 euros).
Relativamente aos produtos adquiridos pelo país asiático, destaca-se o ano de 2015, pela negativa, em que as trocas comerciais se ficaram por 34 euros (na compra de acessórios para tratores ou veículos de transporte) e 2014 como o melhor ano da década, em que as vendas para a Coreia do Norte somaram 251.408 euros, entre ladrilhos, “instrumentos para medicina”, e “desperdícios e resíduos de ligas de cobre”, no valor de 239.468 euros.
Estes laços comerciais refletem o estado das relações entre a Coreia do Norte e a União Europeia, que impedem, por isso, a realização de quase todo o comércio e investimentos. Dados do Eurostat revelam que os valores das trocas têm vindo a descer substancialmente. Em 2013, a União Económica (UE) E comprou produtos no valor de 117 milhões, e vendeu outros 29 milhões, que no ano passado desceram para seis milhões e 22 milhões, respetivamente.
 
 
 
 
 
 
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