Será no terreno situado ao lado do atual edifício da Fundação Champalimaud, na zona de Belém, frente ao rio Tejo, em Lisboa, que vai ser construído o novo centro de pesquisa e tratamento do cancro do pâncreas. O projeto vai implicar um investimento de 50 milhões de euros, recebidos dos fundadores da Danone, a família Botton.
A abertura do novo centro que deverá chamar-se centro “Botton-Champalimaud, e cujo arquiteto falta ainda eleger, está prevista para outubro de 2020, dez anos depois da inauguração do “Centro Champalimaud para o Desconhecido”. A sede da Fundação Champalimaud teve a assinatura de Charles Correa, falecido em julho de 2015, por muitos considerados o maior arquiteto da Índia.
A doação de 50 milhões de euros foi feita por Mauricio Botton Carasso e a mulher, Charlotte Botton, familiares dos fundadores da empresa Danone, fundada em Espanha em 1919. Mauricio Botton Carasso é considerado um dos homens mais ricos do país vizinho.
Segundo a Fundação, citada pela Lusa, “é a primeira vez que uma família estrangeira confia a uma instituição filantrópica portuguesa uma responsabilidade desta natureza”.
Mauricio Botton Carasso, nascido em França, é da terceira geração da família de judeus sefarditas, sendo neto de Isaac Carasso, fundador da Danone, de acordo com informação fornecida pela Fundação Champalimaud.
A família de origem grega foi para Barcelona durante a I Guerra Mundial, no entanto, vários elementos da família tiveram de fugir mais tarde ao antissemitismo nazi.
O cancro do pâncreas é atualmente, de acordo com a agência de notícias, responsável pela morte de cerca de 1.300 pessoas em Portugal e mais de 330 mil pessoas no mundo.
A incidência do cancro do pâncreas tem vindo a aumentar, surgindo todos os anos perto de 280 mil novos casos a nível mundial.
Hoje em dia, o cancro do pâncreas é a quinta causa mais frequente de morte por cancro, prevendo alguns especialistas que passe a ser a quarta causa dentro de cerca de uma década.
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