
A Berkshire Hathaway, do multimilionário Warren Buffett, continua a aumentar os seus lucros, ano após ano, mantendo a maior parte dos ativos em ações. Recentemente, numa carta anual aos acionistas, o famoso “guru” revelou os seus planos para o futuro: sedimentar investimentos no Japão.
Buffett está a reforçar a sua aposta no mercado japonês, ampliando os investimentos em cinco das maiores empresas comerciais do país: Itochu, Marubeni, Mitsubishi, Mitsui e Sumitomo. Estas empresas, conhecidas como "sogo shosha", operam em diversos setores, incluindo commodities, transporte marítimo e aço, e desempenham um papel crucial na economia do país asiático.
O multimilionário com 94 anos revelou que estas empresas concordaram em "relaxar moderadamente" os limites de propriedade, permitindo que a Berkshire possua mais de 10% de cada uma delas. Esta decisão reflete a confiança mútua e o alinhamento estratégico entre a Berkshire e as "sogo shosha". Neste sentido, Buffett destacou que tanto ele quanto Greg Abel, o seu sucessor designado, estão a investir numa perspetiva de longo prazo, prevendo manter e possivelmente aumentar estas participações nas próximas décadas, adianta a Reuters.
A incursão inicial da Berkshire no mercado japonês começou em 2019, quando identificou que estas empresas apresentavam finanças robustas e ações subvalorizadas. Buffett comparou as "sogo shosha" à própria Berkshire Hathaway, elogiando a sua diversificação e gestão eficaz.
"Simplesmente analisamos os seus registos financeiros e ficamos surpresos com os baixos preços das suas ações. Com o passar dos anos, a nossa admiração por estas empresas continuou a crescer”, diz Buffett na sua carta.
Esta estratégia de investimento no Japão surge num momento em que a Berkshire Hathaway enfrenta desafios para encontrar novas oportunidades nos EUA, acumulando uma liquidez recorde de 334,2 mil milhões de dólares, tal como avança o El País.
Em 2024, a empresa vendeu ações no valor de 143,4 mil milhões de dólares, mas adquiriu apenas 9,2 mil milhões em novas posições. Buffett destacou a falta de oportunidades significativas em território norte-americano e o valor das suas participações nos conglomerados japoneses como alternativas promissoras.
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