
A empresa britânica Savannah Resources, responsável pelo projeto de exploração de lítio em Boticas, submeteu ao Governo um “pedido adicional de servidão administrativa”, com vista a garantir “acesso imediato” a terrenos ainda não adquiridos.
A informação foi avançada pela própria empresa, segundo o Jornal de Negócios. Este novo pedido surge após uma primeira autorização ter sido concedida no final de 2023, abrangendo 46 hectares. A decisão causou polémica no seio do Governo, resultando na saída da ex-secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira. A mina em Boticas precisa de um total de 600 hectares.
Para avançar com expropriações já no verão, a Savannah aguarda agora a aprovação da “Declaração de Utilidade Pública”. Apesar da empresa afirmar que o processo está a decorrer “positivamente”, o Ministério do Ambiente e da Energia garante não ter ainda recebido qualquer novo pedido formal.
Em paralelo, a mineira revelou perdas operacionais de 5,4 milhões de euros em 2024 e espera concluir o Estudo de Viabilidade e a fase de licenciamento no segundo semestre de 2025. Com 20% do capital já detido por investidores portugueses e o reconhecimento do projeto como “estratégico” por Bruxelas, a decisão final de investimento deverá acontecer no próximo ano.
Segundo o Negócios, a Savannah já adquiriu 106 parcelas de terreno e tem mais 13 em negociação, totalizando até agora 2,1 milhões de euros em aquisições.
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