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menos salários, pensões congeladas e impostos mais altos

o segundo pacote de austeridade foi anunciado ontem por josé sócrates e prevê cortes permanentes nos salários dos funcionários públicos, despedimento de trabalhadores do estado com contratos a prazo, congelamento das pensões em 2011, cortes nos benefícios fiscais e subida de dois pontos na taxa do iva. o executivo pretende assim baixar o défice orçamental para 4,6% em 2011, dois terços pelo lado da despesa, outro terço com mais receita 

a batata quente está agora do lado do psd, que sempre afirmou só concordar com um orçamento com cortes na despesa e sem aumento de impostos.
 
de acordo com o i online, em 2011, 60% do problema do défice será resolvido pelos cortes na função pública e na segurança social. Na função pública o governo vai cortar 3,5% aos salários dos trabalhadores acima dos 1500 euros mensais e até 10% em vencimentos superiores
 
esta medida abrange todos os trabalhadores do estado e será para manter depois de 2011. sócrates garante que esta é a forma mais rápida de reduzir as despesas e diz que e que portugal estava a ser penalizado por ser o único país, entre os mais endividados, que ainda não tinha tomado estas medidas
 
além de verem o seu recibo de vencimento mais magro todos os meses, os funcionários públicos vão ainda descontar mais 1% do ordenado para a caixa geral de aposentações. Esta redução da massa salarial vai poupar aos cofres do estado 435 milhões de euros, isto só contando com a fatia mais gorda, a da administração central
 
reduções nas ajudas de custo e nas horas extraordinárias, congelamento de admissões e progressões na carreira pública, despedimento dos funcionários contratados a prazo são medidas a aplicar já este ano
 
relativamente às pensões, no sector privado haverá congelamento e o governo vai ainda subir a tributação sobre as pensões de reforma já em 2011
 
todas as demais prestações sociais serão também congeladas e haverá um corte de 20% no rendimento social de inserção e diminuição do abono de família a partir do 4º escalão. a saúde não escapou às medidas de austeridade, devendo o valente corte na comparticipação dos medicamentos poupar ao estado cerca de 250 milhões de euros
 
quanto ao aumento da receita, ou seja, impostos, o iva vai mesmo subir para os 23%. segundo o i online, da receita vem um terço da consolidação orçamental: 60% com a subida do iva, os restantes 40% com o corte nos benefícios fiscais  
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