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Porquê apostar em construção sustentável? Custos operacionais mais baixos e valor do imóvel mais alto
AIA

O clima marca a agenda internacional esta semana e é um tema cada vez mais crítico da gestão contemporânea na área do 'real estate'. Custos operacionais mais baixos, melhoria do bem-estar e aumento do valor do imóvel são vantagens que pesam para as empresas na hora de escolherem uma construção/reabilitação mais sustentável. O custo deste tipo de investimento continua, porém, a ser a grande barreira, muitas vezes acompanhada por falta de apoio político e consciência pública, segundo o estudo World Green Building Trends 2018, elaborado pela Dodge Data&Analytics.

O maior benefício da construção de edifícios sustentáveis é a redução dos custos operacionais. Prova disto mesmo é que as companhias que, em 2018, apostaram em alguns projetos por edifícios sustentáveis reduziram os custos operacionais em 8%. Em contrapartida, as empresas que realizaram mais de 60% das suas obras segundo os parâmetros de uma construção sustentável pouparam cerca de 13% em termos interanuais.

No entanto, a importância dada a este indicador depende do país. Nos EUA, cerca de 77% das companhias valorizam a redução de custos como o principal incentivo para promover este tipo de ativos. O peso reduz-se para 70% em países como a Alemanha ou Colômbia e cai para 24% na Polónia. Os países com maior percentagem de poupança interanual são o Canadá, Irlanda e Espaha, com uma média de 12%.

Consciência dos investidores está a mudar

A melhoria da saúde e bem estar dos ocupantes dos espaços (que tem reflexos na taxa de abstenção, produtividade e parâmetros) é outra das principais vantagens da construção sustentável. A esta característica seguem-se o aumento das rendas ou das taxas de ocupação, a par da subida de valor do imóvel no momento de ser transacionado. 

Ou seja, está demonstrado que os proprietários de imóveis obtém um rendimento cada vez mais alto depois do investimento realizado. Em 2012, o crescimento esperado do preço de um edifício sustentável ascendia a 16%, valor que quase duplicou para 30% em 2018. Na Noruega, mais de metade das companhias consideram este indicador como a principal vantagem da edificação sustentável. A este país nórdico seguem-se a Arábia Saudita e o Vietnam.

O valor do investimento inicial continua a ser apontado pelo setor imobiliário como o principal inconveniente a este tipo de construção, mas ainda assim está a perder relevância, de acordo com o estudo. Em 2012, 76% das empresas consideram este fator como o principal obstáculo, valor que caiu para 50% em 2015 e no ano passado já menos de metade apontava esta críticica, consolidando a tendência e demonstrando uma mudança na forma de entender a construção sustentável.

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