Clima

O impacto das alterações climáticas está a reconfigurar não só as dinâmicas sociais e ambientais, mas também a forma como os mercados financeiros e os investimentos são percecionados. Segundo alguns estudos, as elevadas temperaturas não afetam apenas o bem-estar das populações, mas também introduzem maior volatilidade nos mercados bolsistas.

As altas temperaturas que se fazem sentir, em Portugal e no mundo, estão a deixar marcas. Prova disso é o facto de o dia 21 de julho de 2024 ter sido o mais quente de sempre desde que há registos no planeta Terra. Atingiu-se, nesse dia, uma temperatura média de 17,09 graus Celsius, ou 62,76 graus Fahrenheit. 

A Terra bateu em junho, pelo décimo terceiro mês consecutivo, um novo recorde mensal de calor, indicou esta segunda-feira (8 de julho de 2024) o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S), componente de monitorização do clima do programa espacial europeu.

Tuvalu, uma nação insular localizada no Pacífico, anunciou os seus planos para criar uma versão digital de si mesma no metaverso. O objetivo passa por preservar a sua história e cultura, já que a subida do nível das águas do mar está a ameaçar a sua existência. A previsão é que as ilhas que a compõem fiquem totalmente submersas até o final do século.

As alterações climáticas provocaram, na última década (entre 2010 e 2020), perdas económicas de mais de 145 mil milhões de euros na União Europeia (UE), sendo que só em 2020 os prejuízos chegaram aos 12 mil milhões. Em causa estão dados divulgados esta segunda-feira (24 de outubro de 2022) pelo Eurostat. 

O sistema de Köppen, criado pelo geógrafo Wladimir Petrovich Köppen no início do século XX, reconhece a existência de 12 tipos de clima na Europa. Em Portugal há pelo menos dois distintos (mediterrânico de transição e mediterrânico seco), menos, por exemplo, dos existentes em Espanha, que é um dos países da Europa com mais variações climáticas. 

Porto, Guimarães e Lisboa estão entre as 100 cidades da União Europeia (UE) que integrarão a “Missão Cidades”, um projeto da Comissão Europeia (CE) que pretende que estas sejam uma espécie de exemplos para outras cidades europeias no caminho para a neutralidade carbónica. De acordo com Bruxelas, estas cidades conseguirão antecipar em 20 anos as metas de redução da emissão de CO2 da UE.

As temperatura da Península Ibérica vão aumentar de forma brutal – e “muito preocupante” – nos próximos anos, até final do século. As previsões indicam que, até 2100, podem ser registados “aumentos da temperatura média de dois a três graus ao longo de todo o ano, o suficiente para causar graves impactos no meio ambiente e na saúde pública”. O alerta é de um estudo da Universidade de Aveiro (UA), que conclui ainda que, em Portugal, há “regiões que poderão registar aumentos de quatro a cinco graus centígrados nas máximas diárias”. 

O clima marca a agenda internacional esta semana e é um tema cada vez mais crítico da gestão contemporânea na área do 'real estate'.

As cidades europeias estão, em média, um grau mais quentes que no século passado. Foi em Kiruna, na Suécia, que a temperatura média mais subiu (aumentou 3,4 graus face à média registada no período entre 1900 e 1999) nos últimos 17 anos. A completar o pódio encontram-se Fredrikstad, na Noruega, e Lappeenranta, na Finlândia, que aqueceram três graus.

Julho foi um dos meses mais quentes e secos e isso teve consequências graves no país. No final do mês passado 78,8% de Portugal continental estava em seca severa (69,6%) e extrema (9,2%), segundo revela o mais recente boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.