
A Câmara de Setúbal apresentou recentemente o estudo prévio da futura marina de Setúbal, uma infraestrutura que poderá vir a acolher 600 embarcações, incluindo superiates com 50 metros. O presidente da autarquia, André Martins, salientou a “complexidade” do projeto, tendo em conta que o Estuário do Sado é uma “zona sensível” e que há necessidade de ter em consideração os seus impactes “na cidade e em particular na frente ribeirinha”, que tem vindo a ser requalificada.
André Martins sublinhou a necessidade de ainda serem dados passos para que do estudo prévio se passe à fase de projeto e que, depois, se atinja o “grande objetivo” de haver uma marina em Setúbal, equipamento que, como recordou, “está equacionado na nova revisão do PDM”, que espera ver ratificada em breve pelo Conselho de Ministros, segundo o comunicado da autarquia.
O estudo prévio, resultante do grupo de trabalho formado por técnicos municipais e da APSS, criado em 2014, prevê que a infraestrutura nasça entre o edifício do Mercado de Segunda Venda, junto da Doca dos Pescadores, e o edifício do Cais 3, junto da Doca das Fontainhas, e implique uma grande requalificação urbanística da zona envolvente à marina.
“Prevê-se que a marina, que pretende ser uma infraestrutura de excelência de apoio à náutica de recreio, possa receber superiates com uma dimensão até 50 metros de comprimento. O estudo prevê ainda a melhoria das condições para acolher navios de cruzeiro de pequena dimensão, incluindo a implementação de uma gare de passageiros no edifício do Mercado de Segunda Venda, e a disponibilização de uma área exclusiva para a operação de embarcações marítimo-turísticas”, lê-se ainda.
A intenção é lançar o concurso público internacional no prazo de um ano, após a conclusão da Proposta de Definição de Âmbito (PDA) do Estudo de Impacte Ambiental, também apresentada na sessão, e do desenvolvimento de todo o processo de avaliação de impacte ambiental do projeto. Até lá serão realizadas reuniões com entidades interessadas no projeto, nomeadamente ligadas aos setores da náutica e do turismo, do ambiente e da pesca com o objetivo de recolher contributos.
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