Os 2.750 metros do paredão passam pelas praias da Duquesa, Moitas, Tamariz e Poça e duas piscinas oceânicas.
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Lusa
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O paredão de Cascais, percurso pedonal entre as praias da Conceição e da Azarujinha (São João do Estoril), vai ser requalificado, a partir do último trimestre do ano, segundo um concurso público aprovado pela autarquia.

O executivo municipal aprovou uma proposta de abertura de procedimento para o concurso público internacional da “reabilitação estrutural e de infraestruturas do paredão de Cascais”, ao longo dos 2.750 metros entre as praias da Conceição e da Azarujinha, com um prazo de execução de 900 dias e o investimento de cerca de 22 milhões de euros.

“Ultrapassados todos os constrangimentos de um concurso público internacional, pensamos que a obra poderá começar no último trimestre de 2024”, afirmou à Lusa o vice-presidente da Câmara de Cascais, Nuno Piteira Lopes. 

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O autarca acrescentou que, após iniciadas, as obras serão efetuadas levando em conta “não interferir de forma muito intensa durante a época balnear do próximo ano”.

Numa nota da autarquia explica-se que o paredão, muito procurado para exercício físico ou para “bucólicos passeios junto às pequenas praias da vila”, ao longo dos anos “tem vindo a degradar-se devido ao elevado uso e à erosão provocada pelo mar e areia”.

Obra prevê a “substituição de todo o pavimento"

A empreitada, de acordo com Nuno Piteira Lopes, visa a “substituição de todo o pavimento por um piso de betão desativado, remodelação da iluminação pública com instalação de sistemas fotovoltaicos e lâmpadas LED, e requalificação de espaços de estadia com renovação de mobiliário urbano e ‘fitness’ [exercício físico]”.

O novo pavimento, que substituirá as atuais lajes de pedra, terá uma ligeira inclinação transversal, para evitar acumulação de águas, e a iluminação LED (díodo emissor de luz) contará com um sistema automático alternativo em caso de avaria, detalhou a autarquia.

A empreitada prevê ainda a “criação de várias zonas verdes com espécies autóctones, de forma a tornar o paredão mais sustentável”, com a melhoria da acessibilidade para veículos de emergência ou de abastecimento, “e instalação de câmaras de videovigilância ao longo de todo o percurso”, acrescentou Piteira Lopes.

“O paredão é um dos lugares ao longo do litoral mais procurados, não só pelos cascalenses, mas também por turistas e escolhido pelos cascalenses como mega ginásio para exercício físico ao ar livre”, salientou o responsável pelas áreas do Ambiente e Sustentabilidade e Obras e Manutenção.

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“A requalificação é da competência da administração central, mas dada a importância para todos os que vivem ou que visitam estas zonas ao longo de todo o ano, resolvemos avançar com o investimento”, disse o autarca, referindo que, à semelhança de centros de saúde e das escolas, o município decidiu assumir a empreitada numa área sob jurisdição da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo Piteira Lopes, o projeto “respeita os mais altos padrões de sustentabilidade e políticas amigas do ambiente”, com “uma escolha criteriosa dos materiais e equipamentos” a instalar, “honrando a política de neutralidade carbónica adotada pela autarquia”.

O vice-presidente revelou que as competências das concessões “passaram para o município há cerca de um ano”, e após um levantamento exaustivo, entre o Guincho e Carcavelos, de todos os concessionários, será possível “avançar com os despejos de todos os que ocupam de forma irregular as concessões”.

As operações vão decorrer entre o fim desta época balnear e a próxima e serão lançados “vários concursos públicos para diversas concessões”, mas de forma que as obras não decorram em plena época balnear, adiantou Piteira Lopes.

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