
Bernardo Alabaça é, desde há uma semana, o novo diretor-geral do Património Cultural. No curriculum soma vários cargos em organismos e empresas estatais, nomeadamente, foi diretor-geral de Infraestruturas do Ministério da Defesa e subdiretor-geral do Tesouro e Finanças. Mas também tem trabalhado no setor privado, na área do imobiliário. Por exemplo, esteve um ano a identificar imóveis do Estado potencialmente interessantes para a Câmara de Lisboa.
Entre maio de 2018 e maio de 2019, segundo noticia o Público, Bernardo Alabaça prestou consultoria imobiliária ao município da capital através de uma empresa de que se desvinculou em janeiro de 2020, quando foi assessorar o conselho de administração da empresa municipal Lisboa Ocidental SRU, liderado por Manuel Salgado.
Foi quando saiu do Ministério das Finanças, em agosto de 2017, que Alabaça fundou a empresa de consultoria imobiliária, a Valueinsight Lda., que a 7 de maio de 2018 viria a contratada por ajuste direto pela CML, tal como revela o jornal. “O que determinou a escolha da empresa foi exactamente o facto de o senhor Eng.º Bernardo Alabaça ser seu sócio e ser quem, pessoalmente, prestaria os serviços de consultoria”, aponta fonte autárquica, citada no mesmo artigo.
Dessa consultoria imobiliária, contratada por Salgado quando ainda era vereador do Urbanismo, resultou um “levantamento pormenorizado dos imóveis propriedade do Estado com potencial de utilização em projectos a desencadear pelo município ou que por via legal lhe venham a ser transmitidos”, explicou a mesma fonte ao Público.
O jornal escreve ainda que procurou obter mais esclarecimentos de Bernardo Alabaça sobre estes assuntos, indicando que a assessoria de imprensa da DGPC não respondeu em tempo útil.
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