Delta abre em Paris a primeira Coffee House Experience

A Delta Cafés inaugurou, no dia 9 de setembro de 2025, a primeira Delta Coffee House Experience no centro de Paris, um "passo importante" para "a estratégia de internacionalização" da marca, que quer ser uma das maiores do mundo. 

A abertura do espaço próximo à Ópera Garnier "é um passo importante, naquela que é a nossa ambição", "sobretudo simbólico, é a primeira loja fora de Portugal, mas é também a continuidade de uma estratégia de internacionalização que temos com a marca", disse à Lusa o presidente executivo (CEO) do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro.

"A marca Delta Coffee House é uma marca importante nesse caminho, porque ajuda-nos não só na formação da marca, mas também neste caminho de dar a experimentar o nosso café. Eu diria que Paris é a capital das capitais, é uma das cidades mais cosmopolitas, onde há uma comunidade portuguesa muito relevante, onde a Delta já tem uma base muito sólida", acrescentou.

Nos próximos anos, a empresa familiar de Campo Maior pretende crescer "do ponto de vista de localizações", querendo abrir uma segunda loja fora de Portugal, ambicionando que seja em Espanha, de acordo com Rui Miguel Nabeiro.

A marca portuguesa que quer ser "uma das 10 maiores marcas de café ao mundo", está presente em Paris "há quase 30 anos", agora com esta que é a quarta Delta Coffee House Experience (depois de Lisboa e do Porto) juntamente com a Manteigaria - Fábrica de Pastéis de Nata, que já tinha duas lojas em Paris.

Neste espaço em que os cafés "têm lugar e têm palco", "aquilo que se espera são cafés diferentes, sabores diferentes, experiências diferentes" e "ajudar a ganhar notoriedade numa das principais artérias de Paris", afirmou Rui Miguel Nabeiro, neto do fundador da Delta.

Em 2024, o grupo de Campo Maior faturou globalmente 570 milhões, com os mercados internacionais a representar 35% do negócio.

"Foi na Coffee House que começámos o projeto nos Açores, o 'Impossible Coffee' (café impossível). Chamámos-lhe 'Impossible' porque até à altura parecia impossível produzir café na Europa e de repente nós percebemos que era possível", referiu o CEO.

Esse tipo de café, produzido também em São Tomé, onde reabilitaram uma antiga fazenda de café, e em Angola com um projeto em que apoiam "12 mulheres que se agarraram ao café e subsistem do café", é servido apenas nas Coffee Houses já que é produzido em menos quantidade, não tendo possibilidade de ser torrado em Campo Maior, no Alentejo, para o mercado de clientes de "café tradicional" portugueses.

A Delta, fundada em 1961 e presente em França desde 1992, sendo "um dos maiores distribuidores alimentares em Portugal, com mais de 30 marcas e 270 produtos em 15 categorias", quer "duplicar" a sua atividade até 2030 e atingir 50 milhões em volumes de negócios.

Atualmente, a marca tem mais de 70 colaboradores em França e marca presença em Paris, Nice, Toulouse, Lyon e Bordéus, estando presente em cerca de 45 países através da NovaDelta France, incluindo em Macau, na China.

Em julho, o presidente executivo afirmou que a faturação do grupo cresceu 18% no primeiro semestre, para 324 milhões de euros, alavancado pelo aumento do preço da matéria-prima e pelo desempenho espanhol.