A contratação de trabalhadores estrangeiros ganhou um novo impulso no setor da construção e do imobiliário através da “via verde” para migração laboral regulada. Em pouco mais de sete meses, 1.305 imigrantes receberam visto ao abrigo deste regime especial, um mecanismo que está a tornar-se crucial numa altura em que as empresas enfrentam falta estrutural de mão de obra.
Segundo dados avançados pelo ECO, a construção e o imobiliário representam já “aproximadamente 40% dos vistos concedidos”, ficando apenas atrás da agricultura. O jornal destaca que o protocolo tem sido visto pelas empresas como um instrumento fundamental para manter obras em curso e dar resposta à crescente procura no mercado, num contexto de forte expansão. Para Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN, citado pelo ECO, a implementação do regime “tem decorrido de forma muito eficiente”, traduzindo-se num “balanço muito positivo”.
O setor da construção tem sido um dos mais ativos na adesão ao protocolo, refletindo a pressão existente sobre o volume de obras em curso, desde habitação a grandes empreendimentos imobiliários. Com empresas a operar frequentemente no limite da capacidade, a “via verde” tornou-se uma resposta à carência de trabalhadores nacionais. O Governo sublinha que este regime foi criado para “agilizar procedimentos de concessão de vistos”, permitindo às empresas garantir equipas completas com maior rapidez e previsibilidade.
Além de facilitar o recrutamento, o protocolo obriga também as empresas a assumirem compromissos de integração, incluindo alojamento adequado e formação. Grandes grupos da construção e do imobiliário têm aderido ao mecanismo – já são 26 as empresas que se juntaram às cinco confederações que assinaram o acordo inicial. O processo, que envolve cinco etapas, tem hoje prazos significativamente reduzidos, com uma média de apenas seis dias até ao atendimento presencial nos postos consulares.
Com os pedidos de visto a subir, sobretudo provenientes do Brasil, Nepal, Índia e países africanos lusófonos, a construção portuguesa reforça assim a capacidade de manter ativa uma fileira que continua a ser decisiva para responder ao défice habitacional e ao avanço dos investimentos imobiliários. Como resume a tutela, o regime está a garantir que a entrada de trabalhadores estrangeiros ocorre por “meios adequados e controlados”, assegurando que o setor da construção mantém o ritmo num mercado altamente pressionado.
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